A Coreia do Norte tenta conservar algumas de suas instalações nucleares de armazenamento e produção, afirma o jornal The Washington Post. Segundo funcionários do governo americano à publicação, as evidências registradas desde a reunião de 12 de junho entre o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicam a existência de locais secretos de produção e desenvolvimento de métodos para dissimular a fabricação de armas nucleares.
De acordo com as fontes, a Coreia do Norte pretende conservar parte de suas reservas de material nuclear e suas instalações de produção, escondendo as informações do país americano. Isto significaria que Pyongyang busca prosseguir com seu programa nuclear, apesar de Kim ter anunciado o compromisso em “trabalhar” para a desnuclearização da península coreana durante o encontro com Trump.
O canal NBC News também afirmou que Pyongyang aumentou a produção de combustível nuclear para armas atômicas, em várias locações escondidas. Citando fontes do serviço de inteligência que não foram identificadas, a NBC afirmou que a Coreia do Norte tem a intenção de “obter todas as concessões possíveis” dos Estados Unidos. “Há evidência absolutamente inequívoca de que estão tentando enganar os Estados Unidos”, disse uma fonte, apesar da recente redução de testes nucleares e de mísseis por parte de Pyongyang.
O único centro de enriquecimento de urânio conhecido da Coreia do Norte fica em Yongbyon, mas existem indícios de instalações secretas.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que planeja uma reunião com Kim Jong Un para para completar o compromisso de desarmamento nuclear, mas insistiu que o líder norte-coreano é sério a respeito do tema. “Há muito trabalho entre Pyongyang e Washington. Minha equipe está trabalhando. Certamente viajarei (à Coreia do Norte) antes que passe muito tempo”, disse. “Ainda precisamos desenvolver todas estas coisas que estão por trás dos compromissos que assumimos naquele dia em Singapura.”