Coreia do Norte dispara mísseis balísticos em direção à Coreia do Sul
Os projéteis foram disparados durante um teste militar e voaram por cerca de 300 quilômetros até caírem no mar
A Coreia do Norte disparou mísseis balísticos de curto alcance nesta segunda-feira, 22, em direção à costa da Coreia do Sul, de acordo com o Exército sul-coreano.
A guarda costeira de Seul e o governo do Japão emitiram um alerta confirmando o lançamento, afirmando que as armas pareciam ser mísseis balísticos.
Seul condenou o disparo, classificando o teste dos mísseis como uma ameaça à estabilidade da península da Coreia. Segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, os supostos mísseis balísticos foram lançados perto de Pyongyang, capital norte-coreana, e voaram por cerca de 300 quilômetros até pousarem no mar da costa leste do país.
O lançamento aconteceu depois do principal oficial militar da Coreia do Sul, Kim Myung-soo, se encontrar nesta segunda-feira com o comandante do Comando Espacial dos Estados Unidos, general Stephen Whiting, para discutir o avanço dos satélites de reconhecimento da Coreia do Norte e o aumento da cooperação militar entre Pyongyang e Moscou.
No ano passado, Seul e Washington prometeram aprofundar suas relações militares. Em paralelo, no mês passado, a Rússia vetou a renovação anual do monitoramento das sanções impostas contra a Coreia do Norte, sugerindo uma colaboração entre os países.
Desenvolvimento militar
A Coreia do Norte desrespeitou a proibição do Conselho de Segurança das Nações Unidas de desenvolver mísseis balísticos, alegando que a decisão infringe seu direito soberano de defesa.
O país informou na semana passada que estava testando um novo míssil antiaéreo e uma grande ogiva, por meio do lançamento de um míssil de cruzeiro estratégico.
No início de abril, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou o disparo de um novo míssil hipersônico de alcance intermediário, como parte do projeto que desenvolve equipamentos movidos a combustível sólido.
Em novembro, a Coreia do Norte também colocou em órbita um satélite de monitoramento e reconhecimento. Desde então, países vizinhos acreditam que o Pyongyang esteja planejando o lançamento de outro satélite espião.