A Coreia do Norte decidiu, nesta quarta-feira, 27, expulsar o soldado americano Travis King, que entrou no país sem autorização em julho, após cruzar a fronteira da Coreia do Sul. Segundo a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, o militar confessou ter chegado ilegalmente.
A KCNA, porém, não especificou como, quando ou para onde King seria expulso.
Segundo os resultados de uma investigação sobre o caso, o soldado fugiu da Coreia do Sul, onde servia o exército dos Estados Unidos, para a Coreia do Norte porque nutria “ressentimentos” por causa do “tratamento desumano” e “racismo” dentro das forças armadas americanas.
Autoridades em Washington afirmaram que King entrou na Coreia do Norte em 18 de julho, durante uma visita turística à aldeia de Panmunjom, perto da fronteira. Ainda não está claro como ele atravessou a Zona Desmilitarizada (DMZ) entre as Coreias, uma área altamente fortificada que divide os países desde a guerra dos anos 1950.
O incidente ocorreu depois dele ter ficado quase dois meses em uma prisão sul-coreana, e antes dele enviado para casa, no Texas, onde enfrentaria possíveis ações disciplinares, ou até dispensa do serviço. King enfrentou duas acusações de agressão na Coreia do Sul e se declarou culpado de um caso de agressão e destruição de propriedade pública por danificar um carro da polícia.
Ele é o primeiro americano a ser detido na Coreia do Norte em quase cinco anos.
Autoridades dos Estados Unidos disseram que King foi considerado pelo exército como ausente irregular. A punição pode incluir confinamento, perda de salário ou dispensa desonrosa, com base no tempo que o fugitivo esteve fora, se foi detido, ou ficou ausente por sua própria vontade.