Imagens térmicas da principal instalação nuclear da Coreia do Norte mostram que Pyongyang pode ter reprocessado mais plutônio do que previamente pensado, o que pode ser usado para ampliar o estoque de armas nucleares do país, informou um instituto da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira.
A análise feita pelo 38 North, um projeto de monitoramento da Coreia do Norte sediado em Washington, teve como base imagens de satélite do laboratório radioquímico na usina nuclear Yongbyon de setembro até o final de junho, em meio a crescentes preocupações internacionais sobre os programas de mísseis e nuclear norte-coreano.
O instituto informou que as imagens da instalação de enriquecimento de urânio em Yongbyon podem indicar a operação de centrífugas que seriam usadas para aumentar o estoque de urânio enriquecido da Coreia do Norte, outra forma de combustível para bombas. Também houve sinais de atividades em curto prazo no Reator Experimental de Água Leve da Coreia do Norte que podem ser motivos de preocupação, informou o 38 North.
Apesar de ser incerto se a atividade térmica detectada na usina de urânio foi resultado das operações das centrífugas ou manutenção, as imagens do laboratório radioquímico mostraram que houve ao menos dois ciclos de reprocessamento não conhecidos previamente com objeto de produzir “uma quantidade indeterminada de plutônio que pode aumentar ainda mais o arsenal de armas nucleares da Coreia do Norte”, algo que irá preocupar autoridades norte-americanas que veem Pyongyang como uma das principais ameaças de segurança do mundo.
(Com Reuters)