O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, supervisionou uma bateria de testes de “drones suicidas”, informou a agência de notícias estatal do país KCNA nesta segunda-feira, 26. As novas armas, amplamente usadas nos campos de batalha da Ucrânia e do Oriente Médio, são capazes de identificar um alvo do ar, após decolarem, uma vantagem em relação àquelas que precisam de informações específicas sobre localização antes do ataque.
Em visita no sábado 24 ao Instituto de Drones da Academia de Ciências da Defesa da Coreia do Norte, que organizou os testes, Kim viu vários drones do tipo destruindo alvos de teste, incluindo um tanque simulado. Lá, ele pediu um aumento da produção dos novos equipamentos, incluindo versões subaquáticas, que podem ser usados em unidades de operações especiais. O ditador também quer que pesquisadores desenvolvam uma inteligência artificial para tripular os drones, segundo a KCNA.
+ Soldado norte-coreano atravessa a pé a fronteira militarizada com Coreia do Sul
Colaboração no eixo dos autocratas
Fotos divulgadas pela agência de notícias estatal mostraram pelo menos quatro tipos diferentes de drones, alguns dos quais foram lançados com a ajuda de pequenos motores de foguete antes que suas hélices assumissem o controle do voo. Chefes do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmaram que a tecnologia foi desenvolvida com trocas entre a Coreia do Norte e a Rússia no ano passado – Moscou tem uma parceria com o Irã para a fabricação de drones.
+ Kim Jong-un monitora envio de 250 lançadores de míssil à fronteira com Coreia do Sul
O Ministério da Unificação sul-coreano disse que foi a primeira vez que Pyongyang revelou drones suicidas. Seul disse que implantará armas a laser para abater drones norte-coreanos este ano, tornando-se o primeiro país do mundo a criar uma operação do tipo dentro de seu Exército. Alguns arranha-céus em Seul já hospedam armas antiaéreas em seus telhados.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos deram início a seus exercícios militares anuais conjuntos na semana passada, incluindo a prática de respostas a ataques norte-coreanos com drones.