As Coreias do Sul e do Norte estão em alerta máximo nesta quarta-feira, 2, com a aproximação de dois tufões que podem atingir os países em menos de uma semana.
O tufão Maysak – que atualmente é equivalente a um furacão de categoria 4, em uma escala de cinco fases – pode ser um dos mais potentes dos últimos anos. Mais de 300 voos domésticos foram cancelados nesta quarta, ante a proximidade do fenômeno, que já provoca fortes ventos na península.
O primeiro-ministro sul-coreano, Chung Sye-kyun, afirmou que o tufão pode ser comparado ao de 2003 que provocou 131 mortes, além de prejuízos milionários, no país. “Estamos muito preocupados”, disse.
Maysak deve tocar o solo durante a tarde de quarta-feira na costa sul da Coreia e na quinta-feira na Coreia do Norte. A tempestade tem atualmente ventos de 215 quilômetros por hora, mas pode ganhar ainda mais força nas próximas horas, segundo o serviço meteorológico sul-coreano.
Há ainda uma segunda tempestade que se aproxima da Península Coreana e que deve se tornar um tufão nas próximas 24 horas. Os meteorologistas ainda acreditam que a tempestade Haishen pode se fortalecer ao ponto de se transformar no equivalente a um furacão de categoria 4 até o final da semana.
A expectativa é que o Haishen atinja o Japão no domingo 6, e a Península Coreana na segunda-feira 7. Meteorologistas japoneses afirmam que esta pode ser a terceira tempestade mais forte em 70 anos.
Os desastres naturais são temidos na Coreia do Norte, nação com infraestrutura frágil. O país também é muito afetado por inundações, devido ao desmatamento significativo em seu território. A imprensa oficial de Pyongyang informou que “medidas urgentes” foram adotadas para minimizar os eventuais danos da passagem do tufão.
Enquanto os ciclones tropicais que ocorrem no Oceano Atlântico recebem o nome de furacão, aqueles identificados no Oceano Pacífico, principalmente no sul da Ásia e na parte ocidental do oceano Índico, são chamados de tufão.
(Com AFP)