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Coronavírus: Alemanha proíbe aglomeração de mais de 2 pessoas

Regra não se aplica a domicílios ou trabalho; infratores podem serem multados em até 25.000 euros; exame na chanceler Angela Merkel dá negativo

Por Da Redação
Atualizado em 23 mar 2020, 15h54 - Publicado em 23 mar 2020, 11h30
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  • A Alemanha expandiu as restrições de quarentena para evitar a propagação da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Ficam proibidas a partir desta segunda-feira, 23, aglomerações públicas de mais de duas pessoas sob pena de multa de até 25.000 euros.

    Com 26.220 casos confirmados e 111 mortes, segundo levantamento em tempo real feito pela Universidade John Hopkins, a Alemanha é um dos países mais afetados pelo vírus na Europa. Além de proibir grupos de mais de duas pessoas, o governo alemão já havia fechado as escolas e limitado o serviço de restaurantes a entregas a domicílio.

    A regra que entra em vigor nesta segunda, contudo, não se aplica a pessoas que moram com mais de duas pessoas ou a situações de trabalho, segundo o governo.

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    “O objetivo principal é ganhar tempo”, disse a chanceler Angela Merkel. Nesta segunda-feira, 23, o Instituto Robert Koch, ligado ao Ministério da Saúde alemão, informou que a curva da Covid-19 está se achatando devido às medidas restritivas impostas pelo governo. No entanto, Lothar Wieler, presidente do instituto, disse que essa tendência só pode ser confirmada quando todos os dados tiverem sido coletados na quarta-feira, 25.

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    “A grande maioria das pessoas entendeu que depende de todos. Que todos podem e devem fazer sua parte para conter o vírus”, disse Merkel em seu pronunciamento pela televisão. Após o anúncio, o escritório de Merkel, de 65 anos, disse que ela estava entrando em quarentena porque teve contato com um médico infectado pelo vírus.

    Segundo o porta-voz de seu gabinete, a chanceler se vacinou contra a pneumonia na sexta-feira 20 e, posteriormente, o médico que a atendeu deu resultado positivo para o vírus. Nesta segunda-feira, o governo alemão anunciou que o exame de coronavírus na chanceler deu negativo para a doença.

    A pandemia do novo coronavírus já atingiu 160 países, infectando 350.536 e matando 15.328, segundo a universidade John Hopkins. O pior cenário fica na Itália. O país de 30 milhões de habitantes registrou 59.138 casos e 5.476 mortes, superando o total de óbitos pelo vírus na China (3.264), onde a doença se originou em dezembro de 2019. No Brasil, foram contabilizados 1.620 infecções e 25 mortes – 22 delas somente no estado de São Paulo.

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