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Coronavírus: ao menos 300.000 pessoas podem morrer de Covid-19 na África

Relatório divulgado pela ONU estima que 122,8 milhões de pessoas podem ser infectadas no continente e 29 milhões podem passar a viver na extrema pobreza

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h24 - Publicado em 17 abr 2020, 16h14
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    A pandemia do novo coronavírus pode levar à morte de ao menos 300.000 pessoas na África e arrisca deixar 29 milhões na extrema pobreza, informou a Comissão da Organização das Nações Unidas para a África (Uneca) nesta sexta-feira, 17, ao pedir a doação de 100 bilhões de dólares para uma rede de segurança destinada ao continente.

    Os 54 países da África registraram, até o momento, 11.843 casos e 550 mortes por Covid-19, segundo o boletim diário da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de ser um dos continentes menos afetados pela pandemia, a OMS havia alertado na quinta-feira 16 que o continente africano pode chegar a 10 milhões de casos entre os próximos três a seis meses.

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    “Para proteger e rumar em direção a nossa prosperidade compartilhada, são necessários pelo menos 100 bilhões de dólares para obter imediatamente uma resposta da rede de saúde e segurança social”, afirmou o relatório da Uneca. A Comissão também apoia um outro pedido feito pelos ministros das Finanças do continente para 100 bilhões de dólares adicionais em estímulo, o que poderia incluir a suspensão da dívida externa.

    A Comissão também projetou quatro cenários baseados no nível de medidas preventivas implementadas pelos governos de cada país africano. Em caso de intervenção nula, o estudo calculou que mais de 1,2 bilhão de pessoas seriam afetadas e 3,3 milhões morreriam neste ano. A população total da África é estimada em 1,3 bilhão. A maioria do continente, entretanto, já determinou medidas de distanciamento social, que variam de toques de recolher e restrições de viagem em alguns países a bloqueios completos em outros.

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    Ainda assim, no melhor cenário, no qual os governos intensificam essas medidas, a África seria atingida por 122,8 milhões de casos da infecção, 2,3 milhões de internações e 300.000 mortes, aponta o estudo.

    Combater a doença será complicado, uma vez que 36% dos africanos não têm acesso a saneamento básico, e o continente conta com apenas 1,8 leitos a cada 1.000 pessoas. A França, em comparação, tem 5,98 leitos a cada 1.000 pessoas.

    A África apresenta uma elevada parcela demográfica de jovens –cerca de 60% da população está abaixo de 25 anos–, o que deve ajudar a amenizar a doença. Por outro lado, 56% da população urbana está concentrada em favelas superlotadas e muitas pessoas também são vulneráveis devido a outras doenças como a Aids, tuberculose e desnutrição.

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    O continente importa 94% de seus produtos farmacêuticos, segundo o relatório, que também pontua que pelo menos 71 países proibiram ou limitaram as exportações de certos insumos considerados essenciais para combater a infecção. “No melhor cenário (…) 44 bilhões de dólares seriam necessários para testes, equipamentos de proteção individual e para tratar todos aqueles que necessitam de hospitalização”, afirmou.

    No entanto, a África não tem essa quantia, já que a crise também pode encolher a economia do continente em até 2,6%. “Estimamos que entre 5 milhões e 29 milhões de pessoas serão empurradas abaixo da linha de extrema pobreza, com 1,90 dólar por dia, devido ao impacto da Covid-19”, afirma o relatório.

    (Com Reuters)

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