Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Coronavírus: o sonho da viagem ao exterior virou encrenca

Procon de São Paulo recebeu 500 reclamações e consultas sobre cancelamento por causa da epidemia

Por Larissa Quintino, Felipe Mendes Atualizado em 4 jun 2024, 14h31 - Publicado em 13 mar 2020, 06h00

Entre restrições e quarentenas mundo afora, não demorou muito para a novela do coronavírus desdobrar-se em uma via-crúcis para os brasileiros com planos de viajar para o exterior. Não bastasse a frustração de suspender a sonhada semana de férias entre a Toscana e Paris, que seria iniciada no último dia 3, a empresária Maite Pastuch, de 23 anos, ouviu um redondo “não” da Alitalia quando pediu o cancelamento das passagens e a devolução dos 14 000 reais investidos nos bilhetes para ela, o marido e dois filhos pequenos. A empresária decidiu recorrer ao Procon, onde tem audiência marcada para o próximo dia 31. Se foi inflexível com o pedido da família curitibana, a companhia aérea italiana tem oferecido opções aos clientes estrangeiros: a remarcação de passagens para datas até julho deste ano ou para outro destino. Todos os seus voos, porém, têm escala em Roma ou Milão. Sem certeza sobre quando a epidemia arrefecerá na península, essa alternativa não interessa aos Pastuch. Procurada por VEJA, a companhia não respondeu.

Até o dia 10 deste mês, o Procon de São Paulo recebeu 500 reclamações e consultas sobre cancelamento de viagens por causa da epidemia. Levantamento do portal Reclame Aqui mostra que as queixas contra companhias aéreas e empresas intermediárias na reserva de voos e hotéis aumentaram 52% na primeira semana de março, em comparação a todo o mês de fevereiro. Segundo Felipe Paniago, diretor de atendimento do site, o Código de Defesa do Consumidor prevê o direito de cancelar e adiar a viagem devido a riscos de saúde. “A interpretação é que os consumidores não são obrigados a expor sua saúde a risco em uma viagem. Por isso, espera-se que o posicionamento da empresa seja maleável e que o contrato se ajuste com base nos fatos imprevistos, como uma epidemia, que é algo excepcional”, afirmou. A devolução do valor integral das passagens pela companhia não está claramente expressa na lei. Mas há a possibilidade de acordo entre as partes se isso evitar perdas para ambas. Em períodos de crise e indefinições como o atual, a flexibilidade e disposição para o diálogo são sempre bem-vindas.

Publicado em VEJA de 18 de março de 2020, edição nº 2678

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.