O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou nesta sexta-feira, 20, um plano para mitigar os impactos da pandemia de coronavírus na economia do país. O pacote de quase 12 bilhões de dólares, cerca de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) chileno, inclui a completação do orçamento do sistema de saúde e medidas para resguardar a renda familiar e proteger empregos e empresas.
“Momentos excepcionais exigem medidas excepcionais. Estamos preocupados e determinados a aliviar nossos compatriotas afetados por essa crise de saúde e pela situação econômica”, afirmou Piñera.
Lei Covid-19
Para driblar o impacto do novo coronavírus, o governo chileno ampliou as garantias estatais para empréstimos e criou um novo plano de capitalização do Banco Estado, de 500 milhões de dólares, para conceder mais créditos.
Haverá apoio às pequenas e médias empresas, por meio de um Fundo Solidário de 100 milhões de dólares, “para atender emergências econômicas e sociais”. Também ocorrerá redução ou adiamento de impostos para empresas com faturamento abaixo de 11.500 dólares.
O Fundo também dará um bônus a cerca de 2 milhões de pessoas que recebem o Subsídio Único Familiar (SUF) – comparável ao Bolsa Família brasileiro.
Além disso, o governo apresentou o projeto da “Lei Covid-19”, que garante os salários de quem deve permanecer dentro de casa e não pode realizar trabalho remoto. Mediante um mandato da autoridade de saúde e de um acordo mútuo entre trabalhador e empregador, o bônus é liberado por meio do seguro-desemprego.
Nesta quarta-feira 18, Piñera decretou estado de exceção no Chile devido ao avanço do coronavírus, que já soma 342 casos no país. A medida, que começou na quinta-feira e vale por 90 dias, permite restringir reuniões em espaços públicos, assegurar a distribuição de bens e serviços básicos, estocar alimentos e outros bens e impor quarentenas e toques de recolher.