Coronavírus: Total de desempregados nos EUA chega a 26,4 milhões
Mais 4,4 milhões de pessoas entraram na lista de desocupação na última semana; ajuda financeira do governo deve alcançar 3 trilhões nesta quinta-feira, 23
Dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos nesta quinta-feira, 23, mostram que na última semana, 4,42 milhões de americanos solicitaram o seguro-desemprego no país. As novas solicitações mostram uma queda em relação aos números divulgados na semanas anteriores. Mas revelam que, ao todo, a pandemia de coronavírus já ceifou 26,4 milhões de postos de trabalho no país.
Antes da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, os Estados Unidos mantinham uma invejável taxa de desemprego de 3,6% – a menor em 51 anos. O porcentual é considerado entre economistas como “pleno emprego”. Com as políticas de distanciamento social e confinamento adotadas pelos governos, diante da disseminação da epidemia pelo país, a economia americana afundou. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê recuo de 5,9% da atividade econômica dos Estados Unidos em 2020. O mundo, alerta o FMI, enfrentará uma situação pior do que a vivenciada na Grande Depressão, na década de 1930.
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Clique e AssineOs Estados Unidos são atualmente a nação mais atingida pela pandemia. Segundo a Johns Hopkins University, que faz o levantamento do número de casos em tempo real, o país registra 843.937 casos da doença e 46.851 mortes em decorrência dela.
Para responder à crise, o governo americano aprovou no Congresso um colossal pacote no valor de 2 trilhões de dólares em estímulos para a economia, que deverá nesta quinta-feira, 23, elevar-se a quase 3 trilhões de dólares com a esperada aprovação de mais medidas de ajuda financeira a pequenas empresas e hospitais. O fundo criado para empréstimos para esses segmentos esvaziou-se por completo na última semana.
Para repor o fundo, o Senado americano aprovou na terça-feira 21, por unanimidade, um acréscimo de 481 bilhões de dólares ao pacote, nesta quinta-feira, a Câmara de Deputados deverá aprovar o novo montante, e caberá ao presidente, Donald Trump, sancionar o acréscimo.
Trump deseja ver a economia reaberta o mais rápido possível no país, apesar de especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças terem avisado sobre uma nova onda de Covid-19 ainda pior que a atual. “Tem de haver um equilíbrio. Temos de voltar ao trabalho”, afirmou na quarta-feira 15.