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Covid-19: Aumento de casos ameaça retorno à normalidade na Itália

Após sequência de altas, país registrou 642 novas infecções nesta quarta-feira, recorde desde o fim do lockdown; turistas italianos são principais vetores

Por Da Redação
Atualizado em 19 ago 2020, 15h57 - Publicado em 19 ago 2020, 15h42
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  • A Itália registrou 642 novos casos de coronavírus nesta quarta-feira, 19, em seu maior aumento de infecções diárias desde maio, quando o país iniciou o relaxamento de um dos mais longos confinamentos do mundo. Se isolado, o dado não é tão alarmante. Contudo, o país observa recorde após recorde de novos casos de Covid-19 desde o último fim de semana, ameaçando o processo de reabertura e a tão esperada volta às aulas, programada para setembro.

    O governo italiano entrou em alerta no sábado 15, quando foram registrados 629 novos casos em 24 horas, ante 500 nos dois dias anteriores. A série de altas foi a primeira em três meses, o que levou ao fechamento de boates e tornou o uso de máscaras em algumas áreas da Itália obrigatório – as primeiras restrições aplicadas desde o fim do lockdown.

    Agora, a Itália corre o risco de dar marcha ré em todo o progresso que fez durante o confinamento, depois de mais de 30 mil mortes relacionadas à Covid-19. O jornal britânico The Guardian relatou que, caso os números continuem a aumentar no país sem mais restrições, serão necessários bloqueios localizados.

    “Não podemos anular os sacrifícios feitos nos últimos meses”, disse Roberto Speranza, ministro da Saúde. A Itália foi um dos países mais afetados pela pandemia no primeiro semestre deste ano, com mais de 250 mil infecções, com pico de cerca de 6 mil casos por dia em março, e superlotação de hospitais.

    Medidas como rastreamento de contatos e rotinas diligentes de higienização contribuíram para a estabilização dos casos de coronavírus, e o premiê Giuseppe Conte afirmou que o relaxamento era um “risco calculado”. Contudo, a reabertura das fronteiras e o incentivo ao turismo prejudicou o controle da doença no país: a maioria dos novos infectados é formada por jovens italianos voltando da Grécia, Espanha, Malta e Croácia.

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    Desde sexta-feira 14, passou a ser obrigatório que os recém-chegados desses países fizessem o teste do vírus. Nesta terça-feira 18, 470 turistas foram colocados em quarentena no norte da Sardenha depois que um funcionário de um resort foi diagnosticado com Covid-19.

    A retomada da economia na Itália parece ter um preço alto e um risco não tão calculado: o perigoso aumento do número infecções. No sul do país, as praias lotadas dão a impressão de que o pico da crise é apenas uma memória distante, mas o Guardian alerta que o vírus pode voltar à toda potência depois que as temperaturas do verão europeu baixarem e os alunos voltarem às salas de aula.

    Em entrevista ao jornal italiano La Reppublica, o ministro da Saúde afirmou que a reabertura de escolas, obrigadas a operar à distância desde o final de fevereiro, é a principal prioridade do governo.

    “Não podemos cometer erros”, disse Speranza. Na encruzilhada, a Itália precisará fazer uma escolha: ou volta a aplicar restrições, ou terá de enfrentar uma segunda – e imprevisível – onda da pandemia.

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