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Cristina Kirchner e filhos são indiciados por lavagem de dinheiro

A ex-presidente e seus dois filhos, Máximo e Florencia Kirchner, são acusados de irregularidades envolvendo obras públicas e um hotel familiar

Por Da Redação
15 Maio 2018, 10h43

A Justiça argentina indiciou nesta segunda-feira (14) a ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner  e seus filhos, Máximo e Florencia Kirchner, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Eles foram investigados sobre um esquema de propinas pagas por empreiteiros vencedores de licitação de obras públicas no Sul do país e lavagem de dinheiro. A empresa Hotesur, dos Kirchners, era usada para essas transferências de dinheiro.

O juiz  Julián Ercolini também processou Romina Mercado, sobrinha de Cristina, e o empreiteiro Lázaro Báez, já em prisão preventiva desde 2016 por outro caso. Todos eles tiveram bens congelados, num total de até 800 milhões de pesos (32,02 milhões de dólares) cada um.

A Justiça entendeu que os Kirchner formaram “um complexo esquema societário, com a finalidade de recolocar no mercado parte do dinheiro obtido com fraudes envolvendo o Estado”, revela decisão publicada no Centro de Informação Judicial da Suprema Corte.

Este é o quinto indiciamento judicial da atual senadora. Desta vez, a Justiça quer saber se a família da ex-presidente recebeu pagamentos de propinas de empreiteiros por meio do aluguel de quartos de um hotel administrado pela Hotesur, empresa com participação acionária de Cristina e de seus dois filhos.

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Em novembro de 2017, a ex-governante prestou depoimento nesse processo e negou todas as acusações. Ela afirmou que a atividade da Hotesur era plenamente legal e denunciou sua situação judicial como um interesse do atual governo de Maurício Macri.

O “caso Hotesur”, como ficou conhecido, começou em novembro de 2014 como uma denúncia da então deputada nacional Margarita Stolbizer.

Cristina Kirchner também foi indiciada pelo suposto acobertamento de iranianos suspeitos de cometer o atentado contra a Amia, associação judaica de Buenos Aires, em 1994, no qual 85 pessoas morreram. A Justiça já emitiu ordem de prisão, mas não efetivada devido a seu foro privilegiado.

(Com EFE e AFP)

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