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Crítico de Putin, Navalny é sentenciado a mais nove anos de prisão

Ativista anticorrupção foi preso no início de 2021 e recentemente foi incluído em lista governamental de 'terroristas e extremistas'

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 mar 2022, 10h22 - Publicado em 22 mar 2022, 10h03

Notório crítico ao Kremlin e ao presidente russo, Vladimir Putin, o opositor Alexei Navalny foi considerado culpado de fraude em larga escala e sentenciado a mais nove anos de prisão nesta terça-feira, 22, por um tribunal russo. O opositor, que rejeita o caso criminal como politicamente motivado e se declarou inocente, também terá que pagar uma multa de pouco menos de 10 mil libras.

De acordo com a juíza margarita Kotova, Navalny cometeu ofensas criminais ao insultar publicamente o tribunal. Ela confirmou que ele se declarou inocente às acusações.

Em audiência anterior sobre o caso, em 15 de março, Navalny afirmou que “se o tempo de prisão é o preço por meu direito humano de dizer coisas que precisam ser ditas (…) eles podem pedir 113 anos. Não renunciarei às minhas palavras”.

Em janeiro deste ano, o governo russo incluiu o opositor e alguns de seus aliados na lista oficial de “terroristas e extremistas”, no desenvolvimento mais recente de uma série de ações de autoridades da Rússia para repreender a oposição ao presidente Vladimir Putin.

O lista de “terroristas” feito pelo serviço estatal de monitoramento financeiro faz com que Navalny e membros de sua equipe estejam sujeitos a limites sobre transações bancárias e precisem de aprovação do governo toda vez que quiserem usar suas contas.

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Ativista anticorrupção, Alexei Navalny foi preso no início de 2021 e cumpre pena de dois anos e meio por violações da liberdade condicional, sentença tida por ele como forjada para frustrar suas ambições políticas. Desde então, o opositor tem criticado constantemente a forma como tem sido tratado na prisão. Em outubro, ele já havia afirmado estar sendo tratado como terrorista

Em agosto de 2020, o ativista foi levado às pressas para Berlim para tratar de um envenenamento por um raro agente que ataca o sistema nervoso. Ele acusa o governo russo, que nega qualquer envolvimento.  Em setembro, uma nova acusação do Comitê Investigativo da Rússia afirmou que em 2014 Navalny criou uma “rede extremista e a dirigiu com o objetivo de mudar as bases constitucionais russas”.

Em outubro do ano passado, Navalny recebeu do Parlamento Europeu o Prêmio Sakharov de defesa dos direitos humanos e de liberdade de pensamento por sua luta pela democracia e contra a corrupção em seu país. 

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“Ele lutou de maneira incansável contra a corrupção do regime de Vladimir Putin. Isso custou a sua liberdade e quase sua vida. O prêmio reconhece a sua imensa bravura e reiteramos nosso apelo por sua libertação imediata”, disse o presidente do parlamento, David Sassoli, em publicação no Twitter.

O Kremlin negou qualquer envolvimento no envenenamento e disse repetidamente que seu tratamento é assunto do serviço penitenciário. Desde então, Putin se nega até mesmo a mencionar o nome do opositor.

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