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Cuba recorre a programa da ONU para suprir falta de alimentos básicos

Brasil será um dos países a ajudar a ilha com o suprimento de alimentos, transportando cerca de 375 toneladas de leite

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 12h40 - Publicado em 4 mar 2024, 15h05
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  • PINAR DEL RIO, CUBA - OCTOBER 5: A person holds out a food rations card October 5, 2002 in Pinar Del Rio, Cuba. New U.S. food sales to communist Cuba reached nearly $90 million last week at an agribusiness fair aimed at fostering the island's appetite for U.S. farm products and chipping away at the 40-year trade embargo. Cuba, an island nation of over 11 million, is still considered by the U.S. to be a Cold War adversary. (Photo by Spencer Platt/Getty Images)
    Pessoa segurando "caderneta" de racionamento (Spencer Platt/VEJA/Getty Images)

    O governo de Cuba afirmou nesta segunda-feira, 4, que buscou ajuda do Programa Mundial de Alimentos, agência das Nações Unidas, para garantir o fornecimento de leite em pó para crianças, em mais um sinal do agravamento dos problemas econômicos no país. O Brasil será um dos países a ajudar a ilha a suprir a falta de alimentos, transportando cerca de 375 toneladas de leite.

    O primeiro anúncio sobre a luta do país para garantir a oferta de leite foi feito em fevereiro, quando a produção doméstica estava diminuindo drasticamente devido à escassez do programa de subsídios.

    “Cuba solicitou assistência (do Programa Alimentar Mundial) para a compra de leite em pó, a fim de garantir o abastecimento de meninos e meninas cubanos”, informou o meio de comunicação estatal CubaDebate.

    Segundo as autoridades cubanas, fevereiro foi o mês de maior falta de trigo, o que forçou o país a também reduzir o fornecimento de pão subsidiado. Tanto o pão quanto o leite são componentes-chave do sistema de subsídio de Cuba, chamado “caderneta de racionamento”, introduzido após a revolução de 1959 comandada por Fidel Castro.

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    A caderneta regula a venda de alimentos a preços subsidiados aos cubanos, porém, seu sistema caiu em desordem após a crise econômica do país, prejudicando a capacidade do governo de cumprir os compromissos e provocando uma grande escassez de alimentos, combustíveis e medicamentos.

    Como argumento para a crise, Cuba culpa a pandemia de Covid-19 e as sanções implementadas pelos Estados Unidos.

    Em fevereiro de 1962, o então presidente americano John F. Kennedy ampliou um embargo sobre Cuba e levantou restrições às importações cubanas, depois de uma série de nacionalizações que, segundo os EUA, prejudicaram empresários americanos. O embargo foi, desde então, estendido e parcialmente atenuado em diversas ocasiões ao longo das últimas décadas.

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    Em meio a quatro anos de crise econômica, o cenário econômico na nação insular foi agravado, ainda, pela redução na produção nacional e pela escassez tanto de moeda local quanto de estrangeiras, como o dólar, em todo o território nacional. 

    O governo cubano, que considera ilegal a taxa em mercados informais, estipula a conversão de 120 pesos por dólar. Mas a agência de notícias Reuters estima que cerca de 4,4 milhões dos residentes da ilha não têm acesso ao dólar e dependem completamente da moeda local. Para ter acesso às cédulas americanas, a alternativa para essa parcela da população são remessas do exterior ou a venda realizada por turistas.

    A desvalorização do peso afeta diretamente o poder de compra da população. Seus salários baixos não alcançam 5.000 pesos mensais, cerca de US$ 20. Além da ausência de alimentos, remédios e outros bens básicos nas prateleiras dos mercados, o custo em dólares de importados encareceu consideravelmente.

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    Críticos, contudo, sugerem que a ausência de uma reforma voltada para o mercado, nos moldes chineses, é o principal impeditivo para a recuperação econômica da nação insular.

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