A China anunciou nesta terça-feira, 25, que substituiu o atual chanceler, Qin Gang, por seu antecessor, Wang Yi, de acordo com a agência de notícias oficial do país e o canal estatal CCTV.
O anúncio está envolto em mistério, já que o paradeiro do agora ex-chanceler Qin – que havia substituído Wang em dezembro passado – é desconhecido há quase um mês. Ele não é visto desde 25 de junho, quando se reuniu com autoridades do Sri Lanka, Vietnã e Rússia em Pequim.
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Durante um período intenso de atividade diplomática em Pequim, Wang já vinha ocupando seu lugar de forma singela, mas a ausência de Qin alimentou especulações dentro e fora do país que envolvem desde problemas de saúde até o envolvimento do ministro em um caso extraconjugal.
Wang foi ministro das Relações Exteriores da China ao longo da última década. No domingo 23, ele publicou um artigo no site da Qiushi, revista teórica do Partido Comunista, defendendo buscar saídas para “corrigir o rumo” das relações entre Pequim e Washington, além de aprofundar os laços estratégicos com a Rússia.
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Wang liderou a chancelaria chinesa em um período no qual China e Estados Unidos tiveram embates em temas diversos, de questões comerciais à autonomia de Taiwan.