Um prédio em construção desabou em Sihanoukville, Camboja, na noite de sábado 22, deixando ao menos 28 mortos. Outras 26 pessoas ficaram feridas. Autoridades locais afirmam que a obra não tinha os alvarás necessários.
Inundada por financiamentos da China, a cidade peca em regulação para o setor. O dono do prédio, o chinês Chen Kun, recebeu dois alertas sobre a precariedade da obra e foi proibido de realizá-la, mas ignorou e continuou o projeto mesmo sem o aval das autoridades.
As autoridades da província de Preah Sihanouk informaram que cerca de 75% dos escombros já haviam sido removidos do local até a manhã desta segunda.
O acidente ocorreu enquanto os trabalhadores dormiam no segundo andar da obra. Um deles, Nhor Chandeun, disse que escutou um forte ruído e sentiu uma vibração antes de o prédio começar a desabar. O trabalhador e sua mulher ficaram presos por doze horas antes de serem resgatados pelos socorristas.
Chineses investigados
Quatro chineses envolvidos na obra foram detidos enquanto são investigadas as causas do desabamento. A embaixada da China emitiu declaração de que “apoia uma investigação cabal do acidente e a adoção das medidas necessárias por parte das autoridades cambojanas em acordo com a lei”.
A sede diplomática chinesa disse lamentar o desabamento. Alega, ainda, ter conversado com empresas chinesas no país para que mobilizassem pessoal e maquinário para ajudar na retirada dos escombros.
(Com Estadão Conteúdo)