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Desempregados nos EUA chegam a 36,5 milhões em 8 semanas

Dados sustentam as visões de especialistas de uma retração duradoura da economia, afetada pelas paralisações devido ao combate ao coronavírus

Por Da Redação
14 Maio 2020, 10h05
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  • Mulher busca informações sobre seguro-desemprego em Nova Orleans, Louisiana - 13/04/2020 (Carlos Barria/Reuters)

    Com a crise do coronavírus, o número de desempregados nos Estados Unidos vem crescendo exponencialmente. Só na última semana, quase 3 milhões de americanos deram entrada no seguro-desemprego, elevando o total de pessoas que perderam seus trabalhos desde que a Covid-19 atingiu em cheio o país para 36,5 milhões, segundo dados do Departamento do Trabalho divulgados nesta quinta-feira, 14.

    O total de desempregados pode ser ainda maior, pois o sistema de processamento de dados não foi projetado para um solavanco tão brusco da economia e os pedidos estão sendo analisados com lentidão.

    Os dados sustentam as visões de economistas de uma retração duradoura da economia, afetada pelas paralisações devido ao combate ao coronavírus. A economia americana encolheu no primeiro trimestre no ritmo mais forte desde a crise de 2007-2009. 

    Antes da Covid-19, os Estados Unidos mantinham uma invejável taxa de desemprego de 3,6% – a menor em 51 anos. O porcentual é considerado entre economistas como “pleno emprego”. Porém, segundo o Departamento do Trabalho, o país encerrou o mês de abril com uma taxa recorde de 14,7% – quase o dobro da taxa registrada na crise 2007-2009. 

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    Com as políticas de distanciamento social e confinamento adotadas pelos governos estaduais, diante da disseminação da epidemia pelo país, a economia americana afundouO Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê recuo de 5,9% da atividade econômica dos Estados Unidos em 2020. O mundo, alerta o FMI, enfrentará uma situação pior do que a vivenciada na Grande Depressão, na década de 1930.

    Especialistas ainda afirmam que os números não capturam a completa magnitude dos danos no mercado de trabalho, pois muitas pessoas ainda empregadas tiveram cortes nos salários. Projeta-se que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA esteja se contraindo no atual trimestre de abril a junho a uma taxa anual chocante de 40%.

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    Os Estados Unidos, país mais atingido pela pandemia, já contabilizam mais de 84.000 mortos e quase 1,4 milhões de infectados. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou que mais da metade dos 3,3 bilhões de trabalhadores em todo o mundo correm o risco de perder seus meios de subsistência durante este segundo trimestre.

    A crise que afeta os Estados Unidos está pondo de joelhos quase todos os países. A diferença lá, em relação à multidão de desempregados, é a finíssima rede de proteção social estendida por um Estado que, historicamente, se esmera em ter a presença mais discreta possível na vida da população. Demitir, nos Estados Unidos, é um ato simples e indolor para quem demite — daí o turbilhão de desocupados.

    Na Europa, ao contrário, onde o Estado de bem-estar social ainda predomina, os governos vêm se esforçando para evitar as dispensas. Reino Unido e França vão pagar 80% do salário nas empresas com problema de caixa. Holanda e Portugal optaram por um programa semelhante. Itália e Grécia foram ainda mais longe e proibiram cortes no período de emergência, uma providência impensável no sistema americano.

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    Como quase 80% dos postos de trabalho nos Estados Unidos se concentram no setor de serviços, mais sensível às marés da economia, o freio de agora também retesou a renda de três quartos dos empregados que ganham por hora trabalhada. Se o movimento cai, também diminuem a jornada e o salário no fim do mês.

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