Dinamarca pede a Roma que acolha 113 imigrantes à deriva no Mediterrâneo
Refugiados estão em embarcação dinamarquesa ancorada em águas italianas; outro barco sem destino, de ONG alemã, transporta 230 pessoas
A ministra de Imigração da Dinamarca, Inger Stoejberg, pediu nesta segunda-feira (25) ao governo da Itália que acolha os 113 de imigrantes que esperam a bordo de navio de carga da empresa dinamarquesa Alexander Maersk, há dias ancorado no Mar Mediterrâneo.
Mais de 300 imigrantes esperam por autorização, na parte central do Mediterrâneo, para desembarcar em um porto da Itália: 230 em um navio da organização não-governamental alemã Lifeline, em águas internacionais, e 113 no Alexander Maersk, em águas territoriais italianas.
“Espero que o governo italiano ponha ordem e que os imigrantes não tenham que esperar no navio. Eram imigrantes a caminho da Itália, por isso é certamente a Itália que deve acolhê-los”, afirmou a ministra dinamarquesa, que enviou seu pedido em carta ao ministro do Interior italiano, Matteo Salvi.
Stoejberg não estipulou prazos para a tomada de uma decisão por Roma, mas ressaltou que a resolução tem de ser “rápida”.
“Há um regulamento claro para esses casos. O Alexander Maersk acolheu gente a bordo a pedido das autoridades litorâneas italianas. Por isso, não consigo imaginar outra coisa além de a Itália cumprir suas obrigações internacionais”, disse ontem em Bruxelas, na Bélgica, o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen.
(Com EFE)