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El Chapo é condenado à prisão perpétua nos EUA

Líder do cartel Sinaloa, Joaquín 'El Chapo' Guzmán esperava receber a sentença desde fevereiro quando foi considerado culpado por um júri em Nova York

Por Da Redação
Atualizado em 17 jul 2019, 15h22 - Publicado em 17 jul 2019, 11h49

O narcotraficante El Chapo foi sentenciado à pena perpétua com um acréscimo de 30 anos na prisão. A sentença foi anunciada nesta quarta-feira, 17, após o Tribunal Federal Distrital do Brooklin ter condenado Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán em fevereiro deste ano.

Antes de receber a sentença, El Chapo falou perante o juiz por vários minutos. Ele disse que não recebeu um julgamento justo e reclamou da prisão federal na qual esperava pela sentença, chamando-a de “tortura psicológica e emocional 24 horas por dia”.

Segundo o jornal The New York Times, o juiz Brian M. Cogan adicionou, além da pena perpétua e o acréscimo de trinta anos, o pagamento de uma restituição de 12,6 bilhões de dólares. Estima-se que o narcotraficante tenha uma fortuna de 14 bilhões de dólares. A defesa de El Chapo ainda pode recorrer da pena.

O narcotraficante ficará detido na Prisão Administrativa de Segurança Máxima dos Estados Unidos, conhecida como ADX, localizada na cidade de Florence, Colorado.

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El Chapo era o líder do cartel Sinaloa, um dos mais poderosos e brutais do México, e foi preso em 2017 após fugir de uma prisão mexicana através de um túnel em 2016.

Ele é acusado de crimes de condução de organização criminosa, conspiração para camuflar narcóticos, distribuição internacional de cocaína, de heroína, de maconha e de outras drogas e uso de armas de fogo.

Os testemunhos e evidências que o júri americano recebeu em fevereiro deste ano trouxeram à tona assassinatos e torturas brutais, esquemas de corrupção, queima de corpos de vítimas em fogueiras, ataques com bazucas e até mesmo o estupro de jovens previamente drogadas pelo próprio El Chapo. O traficante também costumava ter seu monograma impresso em fuzis AK-47 e portava pistolas incrustadas de diamantes.

Ele só começou a ser julgado nos Estados Unidos após um acordo entre os governos americano e mexicano para extraditá-lo. O processo de negociação foi longo e difícil devido à rede de corrupção que o narcotraficante criou dentro do México.

Uma das testemunhas chegou a afirmar que o ex-presidente mexicano Enrique Peña Neto recebeu 100 milhões de dólares em propinas.

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