Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

ELN acusa presidente da Colômbia de acabar com processo de paz

Iván Duque exige libertação de todos os reféns em poder do grupo para retomar diálogos e negociações iniciadas por seu antecessor

Por Da Redação
Atualizado em 10 set 2018, 12h58 - Publicado em 10 set 2018, 12h21

A guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) acusou o presidente da Colômbia, Iván Duque, de acabar com o processo de paz ao não reconhecer o acordo alcançado pelo ex-presidente Juan Manuel Santos e apresentar “condições inaceitáveis” para retornar à mesa de diálogo em Cuba.

“Ao não reconhecer os acordos alcançados com o Estado e colocar, unilateralmente, condições inaceitáveis, este governo está encerrando esta mesa, acabando com o processo de diálogos e os esforços feitos há vários anos pelo ELN, a sociedade, o governo anterior e a comunidade internacional”, afirma o site da guerrilha.

Duque, que assumiu o poder no mês passado, afirmou no sábado, 8, que o plano de paz que era negociado em Cuba seria retomado pelo novo governo apenas se a guerrilha libertasse antes “todos os reféns”.

A guerrilha havia proposto anteriormente libertar, por conta própria, seis reféns que estavam em seu poder. O governo da Colômbia, contudo, vinculou o destino das negociações à libertação de todas as pessoas sequestradas pelo grupo.

Continua após a publicidade

Duque calcula que pelo menos 16 reféns permanecem sob poder do ELN, que historicamente financia suas atividades com sequestros e extorsões para apoiar a rebelião armada de mais de meio século.

Reconhecida oficialmente como a última organização de guerrilha na Colômbia, as autoridades acreditam que o ELN também atua no narcotráfico e na mineração ilegal.

“Até que essa premissa seja cumprida, não vamos designar ninguém para que se sente à mesa (de diálogo) para ter qualquer tipo de aproximação”, afirmou Duque, em um ato público na localidade de Amagá, no departamento de Antioquia, no sábado.

Nesta segunda-feira, 10, o governo da Colômbia afirmou que, apesar das exigências, mantém o desejo de negociar a paz com o ELN.

Continua após a publicidade

“O governo colombiano segue expressando a vontade de paz, mas com fatos concretos e não com retórica”, disse o Alto Comissário para a Paz, Miguel Ceballos, à rádio Caracol.

Em seu comunicado, o ELN afirma que conceder aos militares a gestão das libertações e negar um acordo para os protocolos de entrega colocariam em risco a vida dos reféns.

A guerrilha pediu a retomada do diálogo. “Nós persistiremos neste processo de diálogo, nossa delegação (em Havana) segue ativa e à espera de sua continuidade. Seguiremos buscando saídas e opções de paz”.

O ELN é a última guerrilha que resta no país depois do desarmamento e transformação em partido das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que assinou um acordo de paz com Santos.

Continua após a publicidade

(Com AFP e EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.