A Coreia do Norte, em uma atitude rara, pediu desculpas à imprensa da Coreia do Sul por não ter permitido que seus jornalistas acompanhassem o show de K-pop que Kim Jong-un e sua esposa assistiram no último domingo. Governo reconheceu que esta foi uma ação errada frente a uma “imprensa livre”.
O mea culpa veio do general Kim Yong-chol, que acompanhou o concerto ao líder do líder, sua esposa e sua irmã. “Foi errado impedir a cobertura da mídia e as filmagens”, disse o general, segundo reportou a agência de notícias sul-coreana Yonhap. “Somos obrigados a ajudar os repórteres do lado sul a se envolverem em cobertura livre e filmagens convenientes”.
Os jornalistas da Coreia do Sul haviam viajado rumo à Pyongyang para reportar a presença do líder norte-coreano no show, um evento inédito e que simboliza as tentativas de reaproximação entre as duas Coreias. No entanto, eles foram proibidos de entrar, gerando um protesto oficial por parte do governo sul-coreano. “Eu, representando o Norte, ofereço um pedido de desculpas e busco sua compreensão pelo erro cometido”, pronunciou Kim Yong-chol em seu hotel após retornar do concerto.
Segundo o ministério da cultura da Coreia do Sul, no último domingo, Kim Jong-un juntamente com sua esposa Ri Sol Ju, sua irmã Kim Yo-jong, que foi a responsável por iniciar o futuro encontro entre os dois líderes das Coreias, e o general Kim Yong-chol assistiram a apresentação de 160 artistas do sul.
De acordo com a agência de notícias norte-coreana KCNA, Kim Jong-un teria afirmado “que seu coração foi preenchido e que ele ficou comovido com a visão de seu povo aprofundando seu entendimento da cultura popular sul-coreana e aplaudindo com sinceridade”. Após o concerto, ele conversou e tirou fotos com os artistas.
(Com Reuters e EFE)