Em corrida com Índia, Rússia vai lançar primeiro módulo lunar desde 1976
Lançamento originalmente planejado para outubro de 2021 foi adiado por quase dois anos
A Rússia vai lançar a sua primeira espaçonave de pouso lunar em 47 anos na próxima sexta-feira, 11, em uma corrida com a Índia para o polo sul da Lua. O lançamento vai acontecer quatro semanas depois que Nova Délhi enviou seu módulo lunar Chandrayaan-3, que deve pousar no satélite natural em 23 de agosto.
A agência espacial russa Roscosmos disse que a espaçonave Luna-25 levaria cinco dias para voar até a lua e depois passaria de cinco a sete dias em órbita lunar. Depois disso, ela vai descer em um dos três possíveis locais de pouso.
O cronograma russo sugere que poderia igualar ou vencer por pouco a Índia na superfície da lua. Apesar disso, a Roscosmos disse que as duas missões não iriam atrapalhar uma à outra porque têm diferentes áreas de pouso planejadas.
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“Não há perigo de que eles interfiram ou colidam. Há espaço suficiente para todos na lua”, afirmou a agência.
O terreno acidentado dificulta o pouso, mas o polo sul é um destino valioso porque os cientistas acreditam que pode conter quantidades significativas de gelo que podem ser usadas para extrair combustível e oxigênio, bem como para beber água. Em abril, a japonesa ispace falhou em uma tentativa de fazer o primeiro pouso lunar por uma empresa espacial privada.
O Chandrayaan-3 deve realizar experimentos por duas semanas, enquanto o Luna-25 vai trabalhar no local por um ano. Com uma massa de 1,8 tonelada e carregando 31 kg de equipamento científico, o módulo russo vai usar uma pá para colher amostras de rocha de até 15 cm de profundidade para testar a presença de água congelada que poderia sustentar a vida humana.
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“A lua é o sétimo continente da Terra, então estamos simplesmente ‘condenados’, por assim dizer, a domá-la”, disse Lev Zeleny, pesquisador espacial da Academia Russa de Ciências.
O lançamento, originalmente planejado para outubro de 2021, foi adiado por quase dois anos. A Agência Espacial Europeia planejava testar sua câmera de navegação Pilot-D conectando-a ao Luna-25, mas rompeu seus laços com o projeto depois do início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.