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Em dia de protesto, oposição acusa regime Maduro de sequestrar advogado

Perkins Rocha foi detido em meio à repressão contra manifestantes e críticos que denunciaram fraude eleitoral do governo

Por Da Redação 28 ago 2024, 12h28

A líder oposicionista da Venezuela, María Corina Machado, acusou o regime de Nicolás Maduro de “sequestrar” um de seus principais aliados, o advogado Perkins Rocha, enquanto o país se prepara para novos protestos nesta quarta-feira, 28. Os atos ocorrem na marca de um mês desde a eleição presidencial que reelegeu o líder chavista sob acusações de fraude por parte da oposição, de grande parte da comunidade internacional e órgãos independentes.

Estima-se que mais de 2 mil pessoas já tenham sido detidas na onda de repressão a críticos ao governo. Na terça-feira, Rocha, que também é porta-voz da oposição, juntou-se aos presos ao ser capturado nas ruas de Caracas pela polícia secreta de Maduro.

Machado, a força motriz por trás do desafio ao regime nas urnas, denunciou o sequestro do amigo no X, antigo Twitter, chamando-o de “um homem justo, corajoso, inteligente e generoso”.

“Eles querem nos derrotar, nos distrair e nos aterrorizar. Continuaremos lutando, por Perkins, por todos os prisioneiros e perseguidos, e por toda a Venezuela”, escreveu ela, voltando a defender que o candidato presidencial da oposição, o diplomata Edmundo González, derrotou Maduro na votação de 28 de julho.

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Pressão e repressão

Maduro insiste ter vencido o pleito, um resultado que foi ratificado pelas instituições cooptadas pelo chavismo, incluindo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a Suprema Corte. No entanto, o herdeiro de Hugo Chávez não comprovou a reeleição ao não divulgar as atas eleitorais, resultados desagregados por mesa de votação. Sem isso, até mesmo aliados históricos na região, como Brasil e Colômbia, não reconheceram o resultado oficial.

Nesta quarta-feira, a oposição – que publicou contagens baseadas nas atas que conseguiram obter (81% do total), que especialistas acreditam confirmar uma vitória confortável de González — convocou seus apoiadores de volta às ruas para pressionar Maduro a aceitar uma transição negociada. “O fim deste regime de horror está se aproximando”, prometeu María Corina.

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No entanto, a repressão do regime por meio do aparato de segurança – além de uma série de cortes de energia na última noite – e um mudança grande do gabinete na véspera do protesto aumentaram o medo das consequências de se opor à ditadura. Na terça-feira, presidente do partido de Maduro, o linha-dura Diosdado Cabello, foi nomeado ministro do Interior, uma posição que dá ao ex-soldado de 61 anos o controle tanto da polícia nacional bolivariana quanto do serviço nacional de inteligência, Sebin.

Cabello, que lutou ao lado de Chávez durante um fracassado golpe de Estado em 1992, é considerado um dos nomes mais temidos do chavismo. Desde a eleição de julho, ele tem usado seu talk show na TV estatal para atacar María Corina e González, chamando-a de “bruxa” terrorista e ele de “rato” covarde.

“Se o novo gabinete é um indicador do que Maduro pretende fazer, a nomeação de Cabello é uma indicação de ainda mais repressão por vir”, disse Juanita Goebertus, diretora das Américas da ONG Human Rights Watch, à agência de notícias Associated Press.

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