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Em Gaza, soldados de Israel obrigam homens a ficarem vendados e seminus

Porta-voz das FDI, Jonathan Conricus alegou que se tratavam de "membros do Hamas e suspeitos de serem membros do Hamas"

Por Da Redação
Atualizado em 8 dez 2023, 14h27 - Publicado em 8 dez 2023, 14h26
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  • Imagens divulgadas nas redes sociais nesta quinta-feira, 7, mostram a prisão de dezenas de homens, obrigados a ficar seminus, vendados e de joelhos, por soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI), em Gaza. Os detidos foram, então, colocados dentro de um veículo militar. Em entrevista à emissora americana CNN, o porta-voz das FDI, Jonathan Conricus, alegou que se tratavam de “membros do Hamas e suspeitos de serem membros do Hamas” e informou que estavam “sem roupas para ter certeza de que não carregavam explosivos”.

    “Investigamos e verificamos quem tem ligações com o Hamas e quem não tem”, acrescentou ao porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, quando questionado por uma jornalista. “Nós prendemos todos eles e os interrogamos. Continuaremos desmantelando cada uma dessas fortalezas até terminarmos.”

    https://x.com/insidershut/status/1732774704631439655

    A informação, no entanto, é negada pelo grupo radical palestino. Em declaração, o membro do gabinete político do Hamas, Izzat al-Rishq, acusou Israel de “sequestro, buscas invasivas e despojamento” de “um grupo de civis palestinos deslocados”. Ele considerou a ação um “crime hediondo contra civis inocentes” e pediu para que organizações de direitos humanos atentassem para o incidente, de forma a garantir a libertação dos prisioneiros.

    A reação ao episódio

    Enquanto a imprensa israelense tem tratado o episódio como um momento de rendição dos combatentes do Hamas, o Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos afirmou que “o Exército israelense deteve e abusou gravemente de dezenas de civis palestinos”.

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    “O Euro-Med Monitor recebeu relatos de que as forças israelitas lançaram campanhas de detenção aleatórias e arbitrárias contra pessoas deslocadas, incluindo médicos, académicos, jornalistas e homens idosos”, disse o pronunciamento.

    “A irmã da jornalista Diaa Al-Kahlout disse ao Euro-Med Monitor que membros do exército israelita forçaram Al-Kahlot a deixar sozinha a sua filha deficiente de sete anos, Nada”, continuou. “Ele foi então levado sob custódia sob a mira de uma arma e, como todos os outros detidos, teve suas roupas removidas após ser espancado severamente.

    https://x.com/hzomlot/status/1732788625002143895

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    O jornalista detido

    A informação sobre o repórter foi confirmada pelo site de notícias pan-árabe Al-Araby Al-Jadeed (O Novo Árabe, em português). Em comunicado, o veículo apontou que o correspondente e vários membros de sua família haviam sido presos pelos militares, no incidente retratado nas imagens. 

    “Hoje, quinta-feira, o exército de ocupação israelense prendeu o jornalista e diretor do escritório ‘The New Arab’ em Gaza, nosso colega Diaa Al-Kahlout, da Market Street em Beit Lahia, junto com um grupo de seus irmãos, parentes e outros civis”, escreveu o portal.

    “A ocupação forçou deliberadamente os habitantes de Gaza a tirarem a roupa, revistou-os e humilhou-os quando foram presos antes de os levar para um destino desconhecido, segundo o que as pessoas de lá nos contaram. Foram divulgadas fotos e vídeos mostrando soldados prendendo dezenas de moradores de Gaza usando métodos criminosos e humilhantes”, reiterou.

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    https://x.com/RamiJarrah/status/1732791338905600472

    A indignação foi acompanhada pelo editor-chefe da Al-Araby Al-Jadeed, Hossam Kanafani, que indicou que fará “todos os esforços possíveis, em cooperação com instituições e organizações internacionais preocupadas com os direitos e a liberdade dos jornalistas no mundo, para determinar o paradeiro do nosso colega Diaa e libertá-lo o mais rapidamente possível”. A situação é acompanhada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas.

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