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Em guerra, Belém, cidade onde Jesus nasceu, fica deserta no Natal

Festividades foram canceladas pelas autoridades palestinas na Cisjordânia; na faixa de Gaza, bombardeios provocaram um dos dias mais sangrentos do conflito

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 dez 2023, 15h28
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  • Em Belém, na Cisjordânia, imagem de Jesus usando uma mortalha branca foi colocada sobre escombros para simbolizar a morte de crianças no conflito entre Israel e Hamas -  (Maja Hitij/Getty Images)

    A cidade de Belém, na Cisjordânia, tem um papel especial para as religiões cristãs por ser considerada o berço de Jesus Cristo. Neste ano, no entanto, as festividades natalinas foram canceladas por conta do conflito entre Israel e o Hamas. A decisão foi tomada pelas autoridades locais como forma de solidariedade à população palestina em Gaza.

    Tradicionalmente, a cidade fica repleta de turistas, que visitam o local de nascimento de Jesus, e recebe decorações e luzes. Segundo relatos dos poucos visitantes presentes, a Praça da Manjedoura, no centro de Belém, estava vazia, com exceção de patrulhas de soldados. O presépio foi substituído por uma imagem de Jesus envolto em uma mortalha branca, uma homenagem às crianças mortas no conflito.

    As lojas de presentes também não abriram as portas na véspera de Natal. Normalmente, os comerciantes conseguem mais de 80% de sua renda anual no período de natal, mas a ausência de visitantes prejudicou os negócios e agora eles não sabem em quanto tempo conseguirão recuperar as perdas.

    De acordo com as autoridades palestinas, a luta entre Israel e Hamas já deixou 300 palestinos mortos pelas forças de Israel na Cisjordânia deste o dia 7 de outubro.

    Dia de bombardeio pesado

    Na faixa de Gaza, ataques das forças israelenses provocaram um dos dias mais sangrentos desde o início do conflito. Ao menos 166 palestinos e 13 soldados israelenses foram mortos, principalmente na região de Jabaliya, no norte do território palestino. O pesado bombardeio começou na noite de sábado, 23, e continuou durante a manhã deste domingo, 24.

    Com as baixas provocadas no sábado, o número total de mortos passa para 20.424, de acordo com o Ministério da Saúde no território controlado pelo Hamas. Mas as autoridades locais acreditam que há outros milhares de vítimas soterradas sob os escombros. O ministério não faz distinção entre mortes de civis e de militantes, mas acredita-se que cerca de 70% dos mortos sejam mulheres e crianças.

    A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino relatou um ataque a uma de suas principais bases em Khan Younis e afirmou que uma criança de 13 anos foi morta a tiros por um drone israelense enquanto estava dentro do hospital al-Amal da cidade. Outras seis pessoas foram mortas num ataque a uma casa no campo de refugiados de Bureij, no centro, e duas num ataque em Rafah, a cidade mais ao sul da faixa, na fronteira com o Egito.

    Neste domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez um pronunciamento oficial. “A guerra está nos cobrando um custo muito pesado”, disse ele. “no entanto, não temos escolha a não ser continuar a lutar”. Numa mensagem de vídeo posterior, ele disse que as tropas lutariam mais profundamente em Gaza até a “vitória total” sobre o Hamas.

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