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Em Israel, líder de extrema direita vira ministro da Segurança Nacional

Nomeação de Itamar Ben-Gvir, que impulsionou a vitória do novo premiê Netanyahu, deve escalar tensões entre israelenses e palestinos

Por Da Redação
25 nov 2022, 09h12

O líder do principal partido da extrema direita de Israel, Itamar Ben-Gvir, que tem um longo histórico anti-árabe, se tornará o próximo ministro da Segurança Nacional do país, informou nesta sexta-feira, 25, a coalizão liderada pelo (antigo) novo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

O Likud, legenda de Netanyahu, anunciou um acordo com o partido Poder Judaico de Ben-Gvir nesta sexta-feira. As negociações com três outros parceiros de coalizão ultraortodoxos da direita radical continuam. Se for bem-sucedido, Netanyahu retornará ao gabinete do primeiro-ministro e presidirá o governo mais direitista e religioso da história de Israel.

+ Militantes roubam corpo de jovem israelense em troca de palestinos

A atribuição de um papel tão sensível a Ben-Gvir levanta preocupações de uma nova escalada nas tensões entre israelenses e palestinos. Ben-Gvir e seus aliados esperam conceder imunidade a soldados israelenses que atirem contra palestinos, deportar legisladores rivais e impor a pena de morte a palestinos condenados por ataques a judeus.

Ele é discípulo do rabino extremista Meir Kahane, que foi banido do parlamento e cujo partido, Kach, foi rotulado como grupo terrorista pelos Estados Unidos.

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+ Ataque com explosivos em Jerusalém deixa um morto e 14 feridos

Antes da eleição de Israel em 1º de novembro, Ben-Gvir ganhou as manchetes por seus discursos anti-Palestina, incluindo uma ocasião em que ele brandiu uma pistola e encorajou a polícia a abrir fogo contra palestinos que atiraram pedras e paus contra judeus em um bairro tenso de Jerusalém.

Antes de se tornar advogado e entrar na política, ele foi condenado por crimes que incluem incitação ao racismo e apoio a organização terrorista. Agora, em sua nova função, Ben-Gvir fica encarregado da polícia, o que lhe permitiria implementar algumas das políticas linha-dura contra os palestinos que defendeu durante anos.

Como parte do acordo de coalizão, o Ministério da Segurança Interna foi renomeado como Ministério da Segurança Nacional, além de receber poderes ampliados. Como chefe do ministério, Ben-Gvir também supervisiona a polícia paramilitar de fronteira, que opera ao lado de soldados israelenses entre os palestinos.

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+ Aliado à extrema-direita, Netanyahu volta ao cargo de premiê de Israel

Ben-Gvir entrou no parlamento pela primeira vez em 2021, depois que seu partido Poder Judaico se aliou ao partido Sionismo Religioso, cujo líder, Bezalel Smotrich, está conduzindo negociações separadas com o Likud. Netanyahu recusou algumas das demandas, como dar a Smotrich o Ministério da Defesa – é mais provável que ocupe a pasta das Finanças.

Contudo, Netanyahu só pode negociar até certo ponto. O único motivo porque ele recebeu a indicação para tornar-se premiê novamente foi a aliança que fez com três partidos nanicos de extrema direita – que, juntos, formam o terceiro maior bloco político do Knesset, parlamento israelense. Com as 14 cadeiras que ganharam na eleição, as legendas deram a Bibi uma maioria de 64 dos 120 assentos – e ganharam, por sua vez, vantagem nas negociações.

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