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Em Israel, milhares de pessoas vão às ruas por acordo de cessar-fogo

Resgate de seis corpos de reféns em um túnel causa protestos nas ruas e aumenta ainda mais a pressão sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 set 2024, 20h27 - Publicado em 1 set 2024, 20h14
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  • O resgate realizado pelas tropas israelenses de seis corpos de reféns, em um túnel no sul da Faixa de Gaza,  levou milhares de pessoas às ruas de Israel, a favor de um acordo de cessar-fogo imediato neste domingo, 1º. O objetivo é tentar garantir a integridade das pessoas sequestradas, que estão em poder do Hamas. Elas foram levadas no primeiro ataque do grupo terrorista surpresa, que desencadeou a guerra, há quase 11 meses. Os protestos se espalharam pelo país na noite deste domingo, 1º. Quanto mais a guerra se prolonga e o número de mortos aumenta, os familiares e amigos das vítimas conquistam cada vez mais apoio da opinião pública. Até o maior sindicato de trabalhadores, Histradut, se engajou na luta e programou uma greve completa na segunda-feira, que deve ser mais um dia de protestos, onde são esperadas 10 mil pessoas.

    O ministro da Defesa Yoav Gallan criticou a posição de Natanyahu de não fechar um acordo, deixando explícita a divisão dentro do próprio governo de Israel. O primeiro-ministro vem sendo acusado de colocar  interesses pessoais antes da bem-estar da população. A situação ganhou tons mais dramáticos com a publicação do exame forense dos corpos resgatados. Segundo o laudo, os reféns foram mortos por tiro à queima-roupa, na quinta ou na sexta-feira, dois ou três dias antes de serem encontrados. A posição de Natanyahu se complicou em julho, quando fez novas exigências para aceitar um acordo. Fato que não tira a responsabilidade do Hamas de o acordo não ter saído. O grupo também fez várias revisões nas condições da projeto de trégua e se recusou veementemente a deixar o poder da Faixa de Gaza. Também ignorou os pedidos internacionais de liberação dos reféns sem qualquer condição.

    Lista dos mortos:

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