O resgate realizado pelas tropas israelenses de seis corpos de reféns, em um túnel no sul da Faixa de Gaza, levou milhares de pessoas às ruas de Israel, a favor de um acordo de cessar-fogo imediato neste domingo, 1º. O objetivo é tentar garantir a integridade das pessoas sequestradas, que estão em poder do Hamas. Elas foram levadas no primeiro ataque do grupo terrorista surpresa, que desencadeou a guerra, há quase 11 meses. Os protestos se espalharam pelo país na noite deste domingo, 1º. Quanto mais a guerra se prolonga e o número de mortos aumenta, os familiares e amigos das vítimas conquistam cada vez mais apoio da opinião pública. Até o maior sindicato de trabalhadores, Histradut, se engajou na luta e programou uma greve completa na segunda-feira, que deve ser mais um dia de protestos, onde são esperadas 10 mil pessoas.
O ministro da Defesa Yoav Gallan criticou a posição de Natanyahu de não fechar um acordo, deixando explícita a divisão dentro do próprio governo de Israel. O primeiro-ministro vem sendo acusado de colocar interesses pessoais antes da bem-estar da população. A situação ganhou tons mais dramáticos com a publicação do exame forense dos corpos resgatados. Segundo o laudo, os reféns foram mortos por tiro à queima-roupa, na quinta ou na sexta-feira, dois ou três dias antes de serem encontrados. A posição de Natanyahu se complicou em julho, quando fez novas exigências para aceitar um acordo. Fato que não tira a responsabilidade do Hamas de o acordo não ter saído. O grupo também fez várias revisões nas condições da projeto de trégua e se recusou veementemente a deixar o poder da Faixa de Gaza. Também ignorou os pedidos internacionais de liberação dos reféns sem qualquer condição.
Lista dos mortos:
- Ori Danino, 25;
- Eden Yerushalmi, 24;
- Almog Sarusi, 27;
- Alexander Lobanov, 33;
- Carmel Gat, 40;
- Hersh Goldberg-Polin, 23.