Em meio a protestos em Caracas, Guaidó jura como presidente interino
Mais de 100.000 pessoas marcham em Caracas em favor da renúncia de Nicolás Maduro, considerado 'usurpador' pela oposição
Por Denise Chrispim Marin
Atualizado em 23 jan 2019, 16h58 - Publicado em 23 jan 2019, 16h13
Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional: 'juro assumir formalmente as competências do Executivo Nacional como presidente interino da Venezuela' - 23/01/2018 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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1/29 Um carro queimado durante os protestos contra o governo de Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela, é visto no meio da rua - 24/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
2/29 Homens olham dentro de uma loja de liquor saqueada após os protestos contra o governo de Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela - 24/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
3/29 Trabalhador levanta uma geladeira dentro de uma loja de liquor saqueada após os protestos contra o governo de Nicolas Maduro em Caracas, na Venezuela - 24/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
4/29 Pessoas observam um caminhão que foi queimado durante os protestos contra o governo de Nicolas Maduro em Caracas, Venezuela - 24/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
5/29 Forças de segurança entram em confronto com manifestantes, durante marcha realizada contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)
6/29 Manifestante salta sobre fogo durante protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Rafael Hernandez/picture alliance/Getty Images)
7/29 Manifestantes fazem barricadas durante protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Roman Camacho/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
8/29 Manifestantes contrários ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro carregam letras que formam a palavra "Democracia", durante marcha realizada em Caracas - 23/01/2019 (Adriana Loureiro/Reuters)
9/29 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Yuri Cortez/AFP)
10/29 Policiais entram em confronto com manifestantes durante marcha contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
11/29 O presidente venezuelano Nicolás Maduro, discursa para seus apoiadores em Caracas, após Juan Guaidó fazer juramento solene e se declarar presidente interino do país - 23/01/2019 (Luis Robayo/AFP)
12/29 Imagem aérea de marcha contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas, Venezuela - 23/01/2019 (Adriana Loureiro/Reuters)
13/29 Manifestante participa de marcha contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas, Venezuela - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
14/29 Manifestante carrega cartaz durante marcha contra o presidente Nicolás Maduro em Caracas, Venezuela - 23/01/2019 (Federico Parra/AFP)
15/29 Veículo é incendiado durante marcha contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Yuri Cortez/AFP)
16/29 Veículo é incendiado durante marcha contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Yuri Cortez/AFP)
17/29 Manifestantes erguem as mãos durante juramento solene de Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela, durante marcha contra o governo de Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Federico Parra/AFP)
18/29 Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, discursa após se declarar presdiente interino do país - 23/01/2019 (Federico Parra/AFP)
19/29 Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional Venezuela, participa de marcha contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
20/29 Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional Venezuela, participa de marcha contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
21/29 Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, realiza juramento e se declara presidente interino do país - 23/01/2019 (Federico Parra/AFP)
22/29 Manifestantes realizam marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
23/29 Manifestantes realizam marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
24/29 Homem com bandeira da Venezuela levanta os braços na frente de policiais durante marcha contra o presidente Nicolás Maduro - 23/01/2019 (Rayner Pena/picture alliance/Getty Images)
25/29 Policial atira contra manifestante durante marcha contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Manaure Quintero/Reuters)
26/29 Manifestantes entram em confronto com a polícia durante marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Manaure Quintero/Reuters)
27/29 Manifestantes se protegem de bombas de gás lacrimogêneo lançadas por policiais, durante marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Manaure Quintero/Reuters)
28/29 Manifestantes fazem marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, em Caracas - 23/01/2019 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
29/29 Manifestantes se protegem de bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia, durante marcha contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro - 23/01/2019 (Rayner Pena/picture alliance/Getty Images)
Mais de 100.000 pessoas se concentraram nas ruas de Caracas em manifestação pela renúncia do ditador Nicolás Maduro nesta quarta-feira, 23. O movimento de oposição está replicado em 23 estados da Venezuela. Os manifestantes consideram ilegítimo o atual mandato de Maduro, iniciado no último dia 10, assim como parte da comunidade internacional.
Em Caracas, há 11 marchas em curso nesta tarde em diferentes pontos da cidade, que se movem para o palco montado na Plaza las Américas, de onde o presidente da Assembleia Nacional,Juan Guaidó, fez um juramento solene como presidente interino da Venezuela. Portanto, como substituto de Maduro.
“Hoje, 23 de janeiro de 2019, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional, juro diante de Deus todo poderoso, da Venezuela e dos colegas deputados assumir formalmente as competências do Executivo Nacional como presidente interino da Venezuela”.
A Guarda Nacional Bolivariana (GNB) reage com violência. Lançou bombas de gás lacrimogêneo contra uma concentração da oposição no bairro de classe média de Paraíso, em Caracas. Na Plaza Venezuela, blindados, carros-pipa e tropas de choque estão de prontidão.
Os protestos contra Maduro se mostram fortes nos estados de Zulia, na fronteira com a Colômbia, Mérida, Trujillo, Lara, Aragua e Carabobo. A imprensa local menciona haver uma pessoa detida nesta quarta-feira. Mas os líderes do movimento declaram que quatro manifestantes foram mortos em protestos da terça-feira e que 43 pessoas foram presas em Caracas e em Nova Espanha nas últimas 48 horas. Mas não há vítimas fatais das manifestações desta quarta-feira até o momento.
Pelo Twitter, Guaidó também divulgou fotos e motivou oposicionistas de todo o país a saírem para as ruas. Ele subiu ao palco às 12h35 (14h35, em Brasília), onde os familiares do deputado Juan Requesens, preso pelo regime, pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da ditadura de Maduro.
“Irmãos e irmãs, saibam muito bem que a violência é a arma do usurpador. A nossa, ao contrário, são as vozes de milhões de venezuelanos que hoje nos reencontraremos na rua, em paz, pela Venezuela”, afirmou Guaidó pelo Twitter pouco antes do início das manifestações.
“No mundo inteiro, todos os venezuelanos saíram para levantar suas vozes. Isto é para libertar a Venezuela”, afirmou Maria Corina Machado, deputada da oposição cassada pelo regime em 2014.
Apesar de as emissoras locais de televisão não mostrarem imagens das manifestações da oposição, os vídeos e fotografias se proliferam nas redes sociais, algumas delas compartilhadas por dirigentes opositores. O canal estatal VTV mantém uma transmissão ininterrupta dos atos governistas em Caracas, sob o lema “O Povo em Defesa da Paz e da Democracia”, como se nada estivesse acontecendo nas ruas da capital.
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Marcha pró Maduro
Centenas de chavistas também se manifestam nesta quarta-feira em Caracas em favor de Maduro. Um palanque foi montado para um possível discurso do presidente venezuelano, que seria também sua primeira aparição pública em local aberto em meses. Mas há dúvidas sobre sua aparição.
Maduro pediu ontem que os cidadãos se manifestassem pacificamente, sem deixar de advertir que o governo dos Estados Unidos e alguns setores da oposição venezuelana querem ver caos e violência durante os protestos. (Com EFE)
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