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Xi Jinping faz visita-surpresa ao Tibete, ocupado pela China desde 1959

Visita ocorre em momento de instabilidade após recentes confrontos entre China e Índia

Por Da Redação Atualizado em 11 abr 2023, 18h00 - Publicado em 23 jul 2021, 14h10
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  • O presidente da China, Xi Jinping, visitou nesta semana a região autônoma do Tibete pela primeira vez desde que assumiu o cargo.  Segundo a agência de notícias oficial do governo, a viagem aconteceu nos dias 21 e 22 de julho, com visitas às cidades de Nyingchi e Lassa, capital tibetana. A ida de Xi ao país não fazia parte da agenda oficial e só foi tornada pública após seu retorno a Pequim. 

    A visita ocorre em um momento de relativa instabilidade na área, com a saída das tropas dos Estados Unidos do Afeganistão e os embates recentes com a Índia. Além disso, a ida de Xi coincide com a comemoração de 70 anos da “libertação pacífica do Tibete”, eufemismo utilizado pela China para definir sua ocupação militar.  

    O presidente da China, Xi Jinping, faz visita surpresa ao Tibete
    O presidente da China, Xi Jinping, faz visita-surpresa ao Tibete (Xinhua/Divulgação)

    Segundo a agência de notícias, Xi viajou da cidade de Nyingchi até a capital, Lassa, na primeira linha de trem eletrificada do Tibete, que entrou em vigor em junho. Ao chegar, visitou o Palácio de Potala e inspecionou o trabalho da religião étnica. 

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    Segundo a agência de notícias oficial Xinhua, a viagem chama atenção para o desenvolvimento e a estabilidade que o Tibete alcançou nos últimos anos. O presidente chinês instruiu ainda autoridades locais a trabalharem para que os tibetanos se identifiquem cada vez mais com a cultura, o povo e o governo chinês. 

    A construção é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e é a residência oficial do dalai-lama, líder espiritual do budismo. Há décadas, o religioso vive no exílio, sendo considerado um separatista por Pequim. 

    Essa é a primeira vez que um presidente chinês visita o Tibete desde 1990. A instabilidade sempre preocupou o Partido Comunista, tanto que Pequim evita enviar chefes de estado para lá. 

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    Cerca de 80% da população é composta por tibetanos, sendo o restante formado por chineses. Além disso, a questão religiosa é motivo de alerta: a maioria dos tibetanos são budistas e, embora a China defenda a liberdade religiosa, o ateísmo é fortemente aderido. 

    O Tibete é considerado fundamental para o Partido Comunista Chinês devido a sua localização estratégica. Em 2020, a China entrou no maior conflito em décadas com a Índia a respeito da disputa pelas fronteiras do Himalaia, ocasionando mortes dos dois lados. 

     

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