Em reunião, China apoia diplomacia, mas condena sanções à Rússia
O líder chinês, Xi Jinping, falou por vídeo com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz
Na terça-feira, dia 8, uma reunião entre os líderes da China, França e Alemanha teve como pauta central a Guerra na Ucrânia. O presidente chinês, Xi Jinping, enfatizou que é necessário apoiar as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia e encorajar os dois lados a manter o ritmo das negociações, superar as dificuldades e trazer resultados pacíficos. “Precisamos pedir o máximo de contenção para evitar uma crise humanitária massiva”, disse ele, de acordo com a agência estatal Xinhua.
O líder chinês disse ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Olaf Scholz que é imperativo trabalharem juntos para reduzir o impacto negativo da crise. Xi acrescentou que as sanções contra a Rússia afetarão as finanças globais, a energia, o transporte e a estabilidade das cadeias de suprimentos e amortecerão a economia global que já está devastada pela pandemia. “E isso não interessa a ninguém”, completou.
Macron e Scholz disseram que a Europa está enfrentando a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial. Embora tenham apoiado as sanções contra a Rússia, França e Alemanha também trabalham por negociações diplomáticas, para dar uma “chance à paz”.
Faz sentido que Xi Jinping insista numa solução diplomática para o conflito. A China se recusa a condenar as ações da Rússia na Ucrânia ou chamá-las de invasão, além de se opor às sanções que os países do Ocidente estão impondo ao governo russo para pressioná-lo. Em fevereiro, na abertura das Olimpíadas de Inverno de Pequim 2022, o presidente chinês recebeu o presidente russo, Vladimir Putin, na cerimônia de abertura do evento. No mesmo dia, os dois líderes haviam acertado uma parceria estratégica “sem limites”.
Os líderes também discutiram a questão nuclear iraniana.