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Em revés para Trump, Michigan certifica vitória de Biden no estado

Confirmação do resultado se deu por meio de um conselho composto por dois democratas e dois republicanos. Nenhum deles votou pela invalidação do pleito

Por Da Redação
23 nov 2020, 19h59

O estado americano do Michigan certificou nesta segunda-feira, 23, a vitória do democrata Joe Biden no estado nas eleições presidenciais de 3 de novembro. Segundo o relatório das autoridades eleitorais estaduais, Biden venceu o estado por mais de 150.000 votos.

A confirmação do resultado se deu por meio de um conselho composto por dois democratas e dois republicanos. Três integrantes do conselho votaram pela validação do relatório das autoridades eleitorais, enquanto o quarto se absteve.

Assim, Biden que desde o dia 7 é considerado presidente-eleito dos Estados Unidos pela imprensa americana e pelos governos das principais potências mundiais, como Alemanha, França, Reino Unido e China — garantiu o voto dos 16 delegados do Michigan no Colégio Eleitoral, que formalizará no dia 14 de dezembro o próximo presidente dos Estados Unidos.

A decisão do conselho misto nesta segunda-feira foi uma derrota para o Partido Republicano, que, nos últimos dias, mobilizou uma campanha para adiar a validação do resultado. No total, o estado teve cerca de 5,5 milhões de votos emitidos.

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O próprio presidente americano, Donald Trump, convidou à Casa Branca na sexta-feira 20 sete deputados estaduais do Michigan, e tuitou no dia seguinte um pedido ao Legislativo do estado para que revertesse a vitória de Biden.

Mesmo assim, os republicanos Lee Chatfield e Mike Shirkey, que comandam respectivamente as maiorias na Câmara e no Senado do Michigan, negaram haver qualquer irregularidade nas eleições no estado. Charfield e Shirkey também se comprometeram a preservar o resultado eleitoral.

A secretária de Estado do MIchigan, Jocelyn Benson, afirmou que o governo ainda realizará uma investigação sobre a integridade do pleito, lembrando que isso se trata de um processo normal menos motivado por “alegações míticas de irregularidades” do que pela “vontade própria” de “identificar falhas e áreas para melhorias futuras”.

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Apesar de perder a eleição de 3 de novembro, Trump se recusou até agora a reconhecer a derrota. Ele entrou com uma série de ações judiciais em Estados importantes, mas não forneceu nenhuma evidência para sustentar suas alegações de fraude.

Os resultados de todos os estados já foram divulgados pelas grandes emissoras do país. Biden obteve 306 delegados no Colégio Eleitoral, contra 232 do presidente republicano: exatamente os mesmos números, mas ao contrário, da vitória do magnata republicano – então descrita por ele como um “maremoto” – contra Hillary Clinton, em 2016.

E várias autoridades eleitorais locais e nacionais, incluindo a agência de cibersegurança e de infraestrutura (CISA) – que depende do Ministério da Segurança Interna – refutaram frontalmente as acusações de irregularidades feitas pelo presidente.

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“A eleição de 3 de novembro foi a mais segura da história dos Estados Unidos”, anunciaram em um comunicado conjunto. “Não há evidências de um sistema de votação que tenha apagado, perdido ou alterado as cédulas, ou que foi hackeado de alguma forma”.

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