Entenda o que é a Celac, cúpula da qual Lula participará na Argentina
Bloco reúne 33 países com intuito de buscar autonomia para América Latina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá, nesta segunda-feira, 23, e na terça-feira, 24, com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, e participará da 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Lula, que desembarcou na noite de domingo, 22, em Buenos Aires para uma série de encontros políticos, informou no dia 5 de janeiro que o Brasil retornou à Celac, bloco que o país havia deixado por dois anos durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Criado no México em 2010 e oficializado em 2011, a Celac é um reúne 33 países e busca a integração latino-americana e caribenha, além da coordenação política, econômica e social de seus membros.
A ideia da aliança surgiu em 1980, quando alguns países não concordavam com a política intervencionista do presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. Em 1985, Brasil, Argentina, Peru e Uruguai formaram o Grupo do Rio, com o objetivo de fortalecer a democracia e o desenvolvimento econômico e social.
Nas décadas seguintes, mais países se aliaram: Bolívia, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, Nicarágua e Paraguai. Com a expansão de governos de esquerda na América Latina nos anos 2000, a chamada “onda rosa”, o caldo engrossou.
Lula, que também era presidente do Brasil na época, convocou um encontro com líderes da região na Costa do Sauípe, na Bahia. Essa foi a primeira reunião de governos latino-americanos e caribenhos sem a participação dos Estados Unidos ou da Europa.
Durante o mandato de Bolsonaro, o ex-presidente retirou o Brasil da Celac em 2020, medida justificada por divergências políticas e ideológicas com Cuba e Venezuela.