Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana

Equipes buscam dezenas de desaparecidos em enchentes no Texas; há 82 mortos

Chuvas torrenciais provocaram inundação repentina de rios; cortes de Trump em agência meteorológica dos EUA podem ter levado a falha na previsão

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jul 2025, 10h24 - Publicado em 7 jul 2025, 07h56

Equipes de resgate continuam pelo quarto dia consecutivo, nesta segunda-feira, 7, as buscas por sobreviventes de severas e repentinas enchentes no Texas, nos Estados Unidos, a pé e em helicópteros. O desastre deixou pelo menos 82 mortos e dezenas de desaparecidos.

A maior parte das vítimas das inundações relâmpago da última sexta-feira estavam na cidade de Kerrville, na região ribeirinha de Hill Country. Lá, 68 morreram, incluindo 28 crianças, de acordo com o xerife do condado de Kerr, Larry Leitha. O rio Guadalupe, transformado pelas chuvas torrenciais em um caudaloso e furioso corpo d’água em menos de uma hora, atravessa Kerrville.

As crianças mortas, segundo autoridades locais, estavam no acampamento de verão Camp Mystic, um retiro cristão para meninas às margens do Guadalupe. No domingo, Leitha disse que as equipes de busca ainda procuravam dez meninas e um monitor do acampamento.

No final da tarde de domingo, autoridades estaduais informaram que outras dez mortes relacionadas às enchentes foram confirmadas em quatro condados vizinhos do centro-sul do Texas, e que outras 41 pessoas ainda estavam dadas como desaparecidas perto do Condado de Kerr.

Freeman Martin, diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, previu que o número de mortos aumentaria à medida que as águas da enchente recuassem e as buscas ganhassem impulso. No entanto, outras autoridades alertaram que a continuidade das chuvas – mesmo que mais fracas do que o dilúvio de sexta-feira – pode desencadear novas enchentes devido à saturação dos rios.

Continua após a publicidade

Alerta e surpresa

Autoridades de gerenciamento de emergências no Texas alertaram na quinta-feira, antes do feriado de 4 de julho, Dia da Independência, que partes do centro do Texas teriam chuvas fortes e enfrentavam risco de enchentes repentinas, com base nas previsões do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos. Mas o administrador municipal de Kerville, Dalton Rice, afirmou que o dilúvio de sexta-feira viu o dobro da chuva prevista caindo sobre dois braços do Guadalupe, perto da bifurcação onde convergem. Ou seja, toda a água foi direcionada para o canal único do rio, onde corta a cidade.

Continua após a publicidade

Rice e outras autoridades públicas, incluindo o governador do Texas, Greg Abbott, prometeram que as circunstâncias da inundação, as previsões meteorológicas e os sistemas de alerta seriam examinados assim que o desastre fosse controlado. Enquanto isso, as operações de busca e salvamento continuam, 24 horas por dia, com centenas de equipes em terra – e uma miríade de desafios.

“Está quente, há lama, eles estão movendo os destroços, há cobras”, disse Martin, do Departamento de Segurança Pública do Texas, durante coletiva de imprensa no domingo.

Thomas Suelzar, ajudante-geral do Departamento Militar do Texas, informou que as equipes contam com oito helicópteros e uma aeronave MQ-9 Reaper pilotada de forma remota, equipada com sensores avançados para missões de vigilância e reconhecimento.

Continua após a publicidade

Autoridades informaram no sábado que mais de 850 pessoas foram resgatadas, algumas agarradas a árvores, após uma tempestade repentina despejar até 38 cm de chuva na região. Além das 68 mortes no Condado de Kerr, mais dez foram confirmadas nos condados de Burnet, Tom Green, Travis e Williamson.

A Agência Federal de Gestão de Emergências foi acionada no domingo e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu uma declaração de “grande desastre”, permitindo que o órgão enviasse recursos para o Texas. Helicópteros e aviões da Guarda Costeira americana passaram a auxiliar os esforços de busca e resgate.

Trump afirmou que deve visitar o local da tragédia na próxima sexta-feira, mas já delineou planos para reduzir o papel do governo federal na resposta a desastres naturais – o que fará com que os estados arquem com a maior parte do ônus.

Em paralelo, especialistas apontam que os cortes de Trump na agência controladora do Serviço Nacional de Meteorologia, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), podem estar relacionados à falha das autoridades em prever com precisão a gravidade das enchentes e emitir alertas apropriados antes da tempestade. Milhares de postos de trabalho foram fechados na agência.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

MELHOR OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.