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Ernesto Araújo vai à Colômbia para apoiar ajuda humanitária à Venezuela

No sábado, chanceler vai a Roraima para observar doações; na segunda, seguirá a Bogotá para reunião do Grupo de Lima

Por Da redação
Atualizado em 22 fev 2019, 11h05 - Publicado em 22 fev 2019, 09h45
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  • O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, viaja nesta sexta-feira, 22, para Cúcuta, na Colômbia. Ele vai à cidade na fronteira com a Venezuela para participar da cerimônia de formalização do início da entrada da ajuda humanitária para os venezuelanos.

    A solenidade é organizada pelo presidente da Colômbia, Iván Duque, que coordenará na segunda-feira, 25, a reunião do Grupo de Lima.

    “Seguindo determinação do presidente [Jair] Bolsonaro, viajarei amanhã a Cúcuta, Colômbia, fronteira com a Venezuela, para participar de evento em torno da ajuda humanitária ao povo venezuelano, organizado pelo Presidente Iván Duque, com a presença de autoridades de outros países da região”, afirmou Araújo na sua conta pessoal no Twitter.

    A viagem do chanceler foi anunciada logo depois de o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenar o fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela desde a noite de quinta 21.

    Araújo afirmou que no sábado 23 estará em Roraima. A capital, Boa Vista, e a cidade fronteiriça de Pacaraima terão centros de distribuição dos donativos para os venezuelanos. “Estarei em Roraima para acompanhar a ajuda humanitária colocada à disposição do povo venezuelano pelo Brasil em cooperação com os Estados Unidos”, disse.

    Ajuda humanitária

    Reconhecido como presidente interino da Venezuela por Estados Unidos, Brasil e cerca de 50 países, o líder opositor Juan Guaidó transformou o sábado em uma espécie de “Dia D” da luta contra o chavismo. O envio de ajuda humanitária deve testar a lealdade dos militares a Maduro e forçar defecções.

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    Guaidó e Duque organizam para esta sexta o show internacional “Ayuda Venezuela” em Cúcuta para motivar a coleta de doações para os venezuelanos.

    Maduro, porém, fará shows nos dias 22 e 23 a poucos quilômetros dali, do lado da Venezuela. Em desafio à Colômbia e aos Estados Unidos, também enviou nesta quinta-feira 11 caminhões de alimentos para a população carente de Cúcuta, onde a ajuda americana para a Venezuela está armazenada.

    O risco de violência nesse divisa é considerado alto. A pressão do governo dos Estados Unidos sobre o regime de Maduro têm aumentado paulatinamente, por meio de sanções e declarações de autoridades.

    Grupo de Lima

    Araújo avisou ainda, por meio das mídias sociais, que, na segunda-feira, 25, estará em Bogotá, acompanhando o vice-presidente Hamilton Mourão na reunião do Grupo de Lima que discutirá a evolução do processo de transição democrática na Venezuela.

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    Esta será uma reunião de presidentes para definir como será conduzido o apoio dos 14 países do grupo. Destes, apenas o México não apoia o governo de Guaidó.

    O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também acompanharão o encontro.

    A escolha de Jair Bolsonaro de Mourão para representar o Brasil na reunião gerou rumores sobre o esvaziamento promovido pelo Palácio do Planalto ao ministro Ernesto Araújo, que vinha assumindo essa responsabilidade.

    O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, contudo, tentou neutralizar essa versão e disse que Mourão e Araújo co-participarão do encontro de Bogotá.  “Ao contrário de enfraquecer (o chanceler), esta decisão é uma demonstração de suporte do governo brasileiro à solução da questão da Venezuela”, disse.

    (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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