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Escalada em tensão com Armênia deixa ao menos um civil morto no Azerbaijão

Governo azerbaijano acusou separatistas de bombardeio à cidade de Ganja, resposta a ataques contra a capital de Karabakh

Por Da Redação
Atualizado em 5 out 2020, 16h14 - Publicado em 5 out 2020, 15h57

Na segunda semana da escala de violência na turbulenta região de Nagorno Karabakh, o governo do Azerbaijão acusou nesta segunda-feira, 5, separatistas de terem matado ao menos um civil durante um bombardeio contra a cidade azerbaijana de Ganja. Desde o domingo 27 de setembro, as Forças Armadas azerbaijanas e separatistas apoiados política, militar e economicamente pela Armênia protagonizam os confrontos mais violentos na região desde 2016.

O bombardeio no domingo 04 foi em resposta aos constantes ataques contra a capital de Karabakh, Stepanakert, que há mais de uma semana sofre com constante artilharia azerbaijana. Segundo os separatistas, o alvo era o principal aeroporto da cidade, que foi “destruído”. As autoridades de Baku, no entanto, negam que os equipamentos militares tenham sofrido quaisquer danos e acusam os armênios de matarem um civil.

“As Forças Armadas armênias estão atacando com mísseis e foguetes as zonas densamente habitadas de Ganja, Barda, Beylagan e outras cidades do Azerbaijão. Barbárie e vandalismo”, denunciou o assessor presidencial do Azerbaijão, Hikmet Hajiyev.

A Armênia, no entanto, rejeita as afirmações.

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“Ao fracassar no campo de batalha, o lado azerbaijano proclama vitórias imaginárias e divulga ‘fake news’ sobre os bombardeios armênios em zonas habitadas do Azerbaijão”, afirmou o ministério das Relações Exteriores da Armênia.

Ao mesmo tempo em que Ganja era bombardeada, os azerbaijanos realizavam novos ataques contra Stepanakert. Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que as sirenes de alerta tocam e as primeiras bombas chegam ao solo da capital de Karabakh. Num outro vídeo, é possível ver prédios civis atingidos em Ganja.

 

O balanço – ainda muito parcial, já que o Azerbaijão não divulga baixas militares – registra 245 vítimas fatais: 202 combatentes separatistas, 18 civis de Karabakh e 25 civis azerbaijanos. Mas cada lado afirma que matou entre 2.000 e 3.000 soldados inimigos.

O Azerbaijão, um país de língua turca com maioria xiita, exige o retorno de sua soberania sobre Nagorno Karabakh, uma província montanhosa com uma área equivalente a apenas metade do Distrito Federal (DF). A região é habitada principalmente por armênios cristãos, que, em 1991, votaram a favor de um referendo de secessão, após o colapso da União Soviética, da qual ambos o Azerbaijão e a Armênia faziam parte como repúblicas distintas.

De maioria étnica armênia, enquanto os azerbaijanos tem descendência turca, os separatistas na região autônoma recebem apoio militar de Yerevan. Baku, por outro lado, é apoiada pela Turquia, que supostamente enviou milhares de mercenários sírios para se somarem às forças azerbaijanas.

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O referendo até hoje, porém, não é reconhecido pela comunidade internacional. Desde o final da década de 1980 e até 1994, azerbaijanos e armênios travaram uma guerra por Nagorno Karabakh, na qual mais de 30.000 pessoas morreram.

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