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Escritórios da ONU são invadidos por manifestantes no Congo

Protesto teria sido motivado pela insatisfação de civis com supostas falhas da missão de paz no Congo em proteger a população de milícias locais

Por Da Redação
25 jul 2022, 15h41
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  • As instalações da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (a Monusco), foram invadidas por centenas de manifestantes nesta segunda-feira, 25. O protesto teria sido motivado pela ineficácia das forças de paz em proteger a população congolesa de grupos armados que dominam a região.

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    De acordo com informações da agência de notícias Reuters, manifestantes bloquearam estradas da cidade de Goma, no leste do país, saquearam computadores, móveis e objetos de valor de escritórios e incendiaram um portão do complexo da sede local das Nações Unidas.

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    “Os incidentes em Goma não são apenas inaceitáveis, mas totalmente contraproducentes. A Monusco foi enviada pelo Conselho de Segurança para apoiar as autoridades na proteção de civis”, disse chefe interino da missão de paz interino, Khassim Diagne, em comunicado.

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    “Não é no caos e confusão ou divisão que progrediremos em direção à estabilização e à paz”, acrescentou a autoridade das Nações Unidas.

    Os agentes da organização que estavam no local da invasão foram retirados em dois helicópteros. Suspeitos foram detidos após a intervenção das forças de segurança.

    Segundo a Reuters, o protesto foi convocado por uma facção do partido governista União pela Democracia e o Progresso Social (UDPS, na sigla em francês), que estaria exigindo a retirada imediata das Nações Unidas após ter acusado a organização de ter falhado em levar a paz para a nação africana.

    A Monusco, presente no Congo desde 1999, é considerada uma das missões mais importantes e caras da organização, com 14.100 soldados e um orçamento anual de um bilhão de dólares.

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    O porta-voz do presidente Felix Tshisekedi, Patric Muyaya informou que o governo está monitorando de perto a situação.

    “O governo condena veementemente qualquer forma de ataque contra funcionários e instalações das Nações Unidas”, escreveu Muyaya no Twitter. “Os responsáveis serão processados e severamente punidos”, acrescentou.

    As tensões são altas na região leste do país, onde os confrontos entre o exército do Congo e o grupo rebelde M23 provocaram a fuga de milhares de pessoas.

    Um relatório da Human Rights Watch, organização internacional de direitos humanos publicado nesta segunda-feira, 25, apontou que o M23 havia matado sumariamente pelo menos 29 civis desde meados de junho em áreas sob seu controle.

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    Os ataques de militantes ligados ao Estado Islâmico também continuam na região, apesar dos esforços conjuntos dos exércitos congolês e ugandense para expulsar o grupo radical.

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