A Espanha ordenou neste sábado, 4, o reconfinamento de 200.000 pessoas na Catalunha para conter novos surtos de coronavírus, enquanto no resto da Europa as restrições são flexibilizadas.
O país havia encerrado o confinamento há duas semanas, mas as autoridades de saúde decidiram impor novamente algumas restrições em Lérida (nordeste da Espanha). “Decidimos confinar a área do Segriá (na cidade de Lérida), com base em dados que confirmam um crescimento bastante significativo do número de casos de Covid-19”, declarou à imprensa o presidente da região, o separatista Quim Torra.
A região registrou mais de 4.000 novos casos de coronavírus na última semana. Só neste sábado, foram contabilizados 155 novas infecções.
Torra comunicou que o confinamento começou às 12h00 (07h00 de Brasília) e restringe as entradas e saídas da região. A ministra regional da Saúde, Alba Vergés, disse que estão proibidas as reuniões de mais de dez pessoas, e que visitas às casas de repouso de idosos estão suspensas.
Enquando isso, em Barcelona, a Basílica da Sagrada Família, um dos monumentos mais visitados da Espanha, voltou a abrir suas portas neste sábado depois de mais de três meses, recebendo prioritariamente trabalhadores da saúde, em uma forma de homenagem e agradecimento por seu compromisso durante a pandemia.
A Espanha, um dos países mais afetados pela pandemia com pelo menos 28.385 mortos, já havia reabrido para os cidadãos da UE e do espaço Schengen, além dos britânicos, em 21 de junho.
Em todo o mundo, o coronavírus causou pelo menos 526.663 mortes e infectou mais de 11,1 milhões de pessoas desde que surgiu na China no final do ano passado. Na Europa, o continente mais afetado pela pandemia com quase 200.000 mortos, alguns outros países voltaram atrás em suas etapas de reconfinamento. Em Portugal, a região de Lisboa também ordenou o reconfinamento.
A América Latina já ultrapassou a Europa em número de casos, com 2,8 milhões de infectados. O Brasil, que registra mais de 1.000 mortes diariamente, é o epicentro regional, com mais de 63.000 mortos e 1,5 milhão de casos.
(Com AFP)