Estado Islâmico confirma morte de seu líder em confronto na Síria
O grupo terrorista islâmico afirma que al-Husseini estava sendo perseguido por uma organização rival; o chefe havia sido nomeado há apenas oito meses
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) anunciou nesta quinta-feira, 3, a morte do seu líder, Abu al-Hussein al-Husseini al-Qurashi, após um confronto com o movimento jihadista Hayat Tahrir al-Sham, a extensão da Al-Qaeda na Síria. Segundo um comunicado do EI no aplicativo de mensagens Telegram, ele estava sendo perseguido pela organização rival na província de Idlib.
“Expressamos as condolências dos soldados do Estado Islâmico pela morte do califa dos crentes, Abu al-Hussein al Husseini al-Qurashi”, disse o porta-voz do grupo através de um áudio na plataforma.
O agora falecido chefe do EI foi nomeado há apenas oito meses, quando o último líder da organização, o iraquiano Abu Hasan al-Hashimi al-Qurashi, foi morto em um conflito. Ele permaneceu no cargo entre fevereiro e novembro de 2022.
Desde o seu assassinato, aqueles que ocupam a chefia do movimento passaram a receber o título de “Al Qurashi”, em referência à tribo dos coraixitas da qual o profeta Muhammad fazia parte.
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O próximo ocupante do posto, no entanto, ainda não foi anunciado.
Apesar de ter conquistado amplos territórios no Iraque e na Síria há nove anos, o Estado Islâmico tem perdido espaço em meio a uma renovada onda de ofensivas dos governos locais. O enfraquecimento, contudo, não impediu que células adormecidas sigam com ataques nas duas nações.
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Em julho, os Estados Unidos também anunciaram a morte de Usama al-Muhajir, que liderava as atuações do EI no leste da Síria, durante um bombardeio realizado pelas forças americanas. O ataque, realizado na segunda-feira 3, foi uma operação “unilateral” de Washington, informou o Comando Central pelo Twitter.