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Estudantes e professores retornam à escola na Flórida

Insegurança e emoção dominaram sessão de orientação que precede início das aulas na próxima quarta-feira

Por AFP
Atualizado em 30 jul 2020, 20h26 - Publicado em 26 fev 2018, 20h56
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  • Alunos e professores da Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida, cenário de um massacre que deixou 17 mortos há quase duas semanas, devem retornar às aulas na próxima quarta-feira.

    Neste domingo, a escola realizou uma sessão de orientação para funcionários e estudantes, que se reuniram no colégio em meio a grande insegurança e emoção. A perspectiva de retornar é, para muitos alunos, “assustadora” e “intimidante”.

    “Imagine que você estava em um acidente de avião e tem de embarcar todos os dias e ir para algum lugar”, afirmou ao canal ABC David Hogg, um dos sobreviventes do tiroteio de 14 de fevereiro. Hogg e vários estudantes da escola pediram nos últimos dias aos políticos americanos que enfrentem a questão da violência armada.

    Uma professora que já havia retornado à escola contou à rádio NPR que o choque de voltar à sala de aula, que estava do mesmo jeito do dia do ataque, com os cadernos nas mesas e o calendário ainda marcando 14 de fevereiro, foi tão intenso que ela teve que deixar o local.

    Delaney Tarr, outra jovem sobrevivente do massacre, afirmou que voltar “é assustador, porque não sei se vou estar segura lá. Mas eu sei que tenho que ir”. A escola do ensino médio Marjory Stoneman Douglas também recebeu o apoio de ex-alunos, que prepararam cartazes.

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    Vigília e protesto

    Na cidade de Fort Lauderdale, líderes religiosos realizaram uma noite de vigília, durante a qual deixaram 17 cadeiras vazias, em memória às vítimas.

    Mais cedo, manifestantes se reuniram diante das instalações da fabricante de armas Kalashnikov USA na vizinha Pompano Beach. Eles pediram uma reforma na lei sobre o porte de armas e um cartaz pedia o fechamento da “fábrica de morte”.

    Diante das demandas dos estudantes para a adoção de medidas de controle para o porte de armas, o presidente americano, Donald Trump, defendeu na sexta-feira em Washington sua proposta de armar alguns professores, enquanto o governador da Flórida, Rick Scott, anunciou um plano de ação contra os tiroteios nas escolas que inclui a presença de oficiais armados em centros de ensino.

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    ‘Teria entrado mesmo sem ter armas’

    Em um jantar com governadores dos 50 estados americanos, Trump afirmou que teria a coragem de entrar mesmo que desarmado na escola da Flórida para tentar evitar o massacre. “Acho que eu teria corrido e entrado mesmo sem ter armas. E acho que a maioria de vocês teria feito a mesma coisa”, disse nesta segunda-feira.

    A declaração de Trump se refere a um agente de segurança armado que, no dia do tiroteio ficou do lado de fora da escola e evitou entrar para tentar interceptar Nikolas Cruz, que abriu fogo contra seus ex-colegas de colégio.

    “O desempenho foi francamente uma vergonha”, afirmou Trump, reiterando sua convicção de que as escolas são ímãs para pessoas que desejam protagonizar massacres, já que são áreas onde as armas são proibidas.

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