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EUA acusam hackers chineses de tentar roubar dados de vacina da Covid-19

Pequim vem constantemente negando quaisquer irregularidades; Denúncia acontece poucos dias após países acusarem Rússia de ataques cibernéticos

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jul 2020, 14h46 - Publicado em 21 jul 2020, 14h30
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    Durante o julgamento, a mulher de 49 anos se declarou culpada, mas afirmou só ter saído de casa porque sua neta estava doente e sua família precisava do dinheiro para comprar remédios - (Allan Carvalho/Getty Images)

    Dias após um grupo de países anunciar que a Rússia tentou roubar informações de pesquisadores envolvidos nos testes da vacina contra a Covid-19, os Estados Unidos agora travam uma nova luta judicial contra possíveis hackers: desta vez, chineses. 

    O Departamento de Justiça americano indiciou dois cidadãos chineses nesta terça-feira, 21, por ataques cibernéticos a terceirizados da área da Defesa, pesquisadores envolvidos com a pandemia do novo coronavírus e empresas ao redor do mundo, segundo um documento judicial. Há poucos meses, o diretor do FBI, Chris Wray, já havia feito acusações semelhantes. Segundo ele, a China estaria “trabalhando para comprometer as organizações americanas de assistência médica, empresas farmacêuticas e instituições acadêmicas” envolvidas em pesquisas sobre a Covid-19.

    Segundo as autoridades, Li Xiaoyu e Dong Jiazhi participaram de um campanha de ciberespionagem, que já dura anos, e que pode ter roubado informações de remédios e códigos-fonte de softwares. O processo não cita empresas específicas, mas afirma que Li e Dong roubaram dados de computadores de EUA, Reino Unido, Alemanha, Austrália e Bélgica.

    O documento afirma que os dois atuavam como terceirizados do Ministério da Segurança da China, de onde recebiam informações sobre vulnerabilidades de sistemas para que penetrassem alvos e conseguissem coletar informações. Entre os supostos alvos também estão organizações não governamentais e manifestantes dos protestos em Hong Kong, atos que inicialmente foram convocados por causa de um já cancelado projeto de lei que permitiria extradição para a China continental. 

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    “A China agora conquistou seu lugar, junto a Rússia, Irã e Coreia do norte, naquele lamentável clube de nações que fornecem um porto seguro para criminosos cibernéticos em troca desses criminosos ficarem ‘de plantão’ para trabalhar em benefício do estado”, disse John Demers, chefe da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça dos EUA, em um comunicado. 

    Pequim tem negado constantemente quaisquer ataques a companhias que pesquisam o vírus. 

    Na semana passada, o Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido, junto com autoridades dos Estados Unidos e do Canadá, acusou a Rússia de tentar roubar informações através do grupo hacker APT29, também conhecido como Cozy Bear. Segundo os países, o grupo teria atacado instituições de pesquisa acadêmica e farmacêutica que estão envolvidas no desenvolvimento da vacina contra a Covid. Em entrevista à rede BBC no domingo, o embaixador russo no Reino Unido, Andrei Kelin, negou qualquer envolvimento de Moscou nos ataques cibernéticos. 

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    Kelin também rejeitou sugestões de que a Rússia teria “vantagens” em saber sobre vacinas desenvolvidas no exterior, citando uma parceria da companhia farmacêutica russa R-Pharm com a AstraZeneca para fabricar a vacina para a Covid desenvolvida na Universidade de Oxford. 

    A espera pela vacina da Covid-19 vem movimentando mercados financeiros e gerando diversas especulações sobre quais empresas e países podem se beneficiar mais. Atualmente há mais de 160 projetos distintos. Mas, destes, apenas cerca de 20 estão em fases de testes clínicos em humanos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina da Universidade de Oxford, na Inglaterra, é a mais avançada. 

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