EUA ampliam sanções contra o Irã para cortar financiamento do Hamas
Novos alvos são representantes do grupo em Teerã e membros da Guarda Revolucionária dos aiatolás, além de organizações que apoiam famílias de militantes
Os Estados Unidos anunciaram uma nova rodada de sanções econômicas nesta sexta-feira, 27, para cortar o financiamento ao Hamas, mirando pessoas e organizações ligadas ao grupo terrorista palestino. Entre os afetados estão um representante do Hamas no Irã e membros da Guarda Revolucionária Islâmica dos aiatolás.
As novas sanções destacam o papel do governo iraniano no apoio financeiro, logístico e operacional ao Hamas, segundo comunicado do Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Washington renovou os esforços para cercar o grupo depois que seus militantes invadiram comunidades no sul de Israel, deixando 1.400 mortos e sequestrando 233 pessoas, de acordo com autoridades israelenses.
“A ação de hoje sublinha o compromisso dos Estados Unidos em desmantelar as redes de financiamento do Hamas, mobilizando as nossas autoridades de sanções antiterroristas e trabalhando com os nossos parceiros globais para negar ao Hamas a capacidade de explorar o sistema financeiro internacional”, disse Wally Adeyemo, vice-secretário do Tesouro dos Estados Unidos.
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Os alvos citados são Khaled Qaddoumi, descrito como um ponto de ligação entre o Hamas e o governo iraniano, bem como Ali Morshed Shirazi e Mostafa Mohammad Khani, oficiais da Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, acusados de treinar e dar apoio militar aos terroristas do Hamas.
Os Estados Unidos também sancionaram uma série de organizações, incluindo a iraniana Bonyad Shahid, também conhecida como Fundação dos Mártires. Autoridades americanas disseram que o grupo, afiliado à Jihad Islâmica Palestina, milícia aliada ao Hamas, canaliza milhões de dólares por meio da Associação de Caridade Al-Ansar, com sede em Gaza, para as famílias dos militantes.