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EUA cancelam 1.400 voos e sofrem para retomar ritmo pré-pandemia

Movimentados por 4,5 milhões de viajantes para o feriado de 4 de julho, aeroportos também tiveram 14.000 voos adiados

Por Da Redação
4 jul 2022, 11h02

Mais de 4,5 milhões de viajantes inundaram os aeroportos dos Estados Unidos na sexta-feira 1 e no sábado 2, gerando uma movimentação ainda não vista desde o início da pandemia de coronavírus. Espera-se que um total de 13 milhões de pessoas usem transporte aéreo até esta segunda-feira, 4 – o famoso feriado de Quatro de Julho. No entanto, o feriado já começou com estresse para muitos. Sofrendo para retomar o ritmo pré-pandemia, aeroportos cancelaram mais de 1.400 voos e atrasaram outros 14.000.

Os dados são do FlightAware, um site de rastreamento de voos. O boom na demanda por viagens juntou-se à escassez generalizada de funcionários, deixando muitos passageiros encalhados e irritados ante às tão esperadas férias de verão.

No sábado, 1.048 – ou 29% – dos voos da companhia Southwest Airlines estavam atrasados, assim como 28% dos voos da American Airlines, segundo a FlightAware. A United Airlines e a Delta Air Lines tiveram problemas semelhantes, com 21% e 19% de seus voos atrasados.

No domingo, pelo menos, o pior parecia haver passado, com metade dos cancelamentos do dia anterior e apenas cerca de três quartos dos atrasos. Nesta segunda-feira, havia mais de 400 atrasos e 100 cancelamentos nos aeroportos americanos às 7h (horário do leste, ou 8h de Brasília).

Em um mês típico, cerca de 20% dos voos são atrasados ​​ou cancelados, de acordo com a consultoria de companhias aéreas R.W. Mann & Company. Neste fim de semana de férias, a proporção ultrapassou os 30%, pior do que o normal.

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Companhias aéreas enfrentam problemas como falta de pilotos, más condições climáticas e atrasos no controle de tráfego aéreo, apresentando dificuldades para lidar com o volume de passageiros que, em alguns casos, excede os níveis pré-pandemia.

Na sexta-feira, a Administração de Segurança nos Transportes registrou mais passageiros – 2,49 milhões de pessoas – do que em qualquer outro dia deste ano. Isso superou os 2,18 milhões de viajantes registrados no mesmo dia em 2019, antes da pandemia.

As dificuldades para retomar os níveis de viagens pré-pandemia se fazem presentes também em muitas outras partes do mundo. No domingo, as companhias aéreas atrasaram cerca de metade de todos os voos que partem do Aeroporto Internacional Pearson de Toronto, no Canadá, do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e do Aeroporto de Frankfurt, na Alemanha.

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Enquanto isso, cerca de 40% dos voos de Londres Heathrow estavam atrasados. Inclusive, o CEO da companhia aérea britânica EasyJet renunciou após uma série de cancelamentos de voos e interrupções nas últimas semanas. Só cerca de 150.000 dos 160.000 voos inicialmente programados para julho, agosto e setembro serão realizados, o que significa que 6% serão cancelados.

Na segunda-feira, os aeroportos australianos estavam quase travados, com 60% dos voos de partida do Aeroporto de Sydney atrasados. Os aeroportos de Brisbane e Melbourne não se saíram muito melhor.

A SAS, a companhia aérea escandinava, disse na segunda-feira que seu sindicato de pilotos convocou uma greve sobre os salários, o que levaria ao cancelamento de 50% de seus voos, afetando cerca de 30.000 passageiros diariamente. A transportadora deficitária, que serve como companhia aérea nacional da Dinamarca, Noruega e Suécia, chamou a medida de “devastadora”.

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