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EUA condenam violência e reiteram apoio a Lula após invasões em Brasília

Presidente Joe Biden, secretário de Estado americano e assessor de Segurança Nacional da Casa Branca se manifestaram nas redes sociais

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jan 2023, 20h25 - Publicado em 8 jan 2023, 18h57
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  • Em uma dura condenação ao “atentado à democracia e à transferência pacífica de poder”, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reforçou  “as instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada”, após milhares de manifestantes bolsonaristas invadirem e atacarem na tarde deste domingo, 8, os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

    Já o secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também condenando os atos antidemocráticos.

    “Condenamos estes ataques à Presidência, ao Congresso e ao Supremo Tribunal do Brasil hoje. Usar violência para atacar instituições democráticas é sempre inaceitável. Nos juntamos a @lulaoficial em instar um fim imediato a estas ações”, escreveu o secretário americano, marcando a conta oficial de Lula no Twitter.

    + Líderes estrangeiros condenam invasão ao Congresso, Planalto e STF

    O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reiterou que Biden “acompanha de perto a situação e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável”.

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    “A democracia brasileira não será abalada por violência”, escreveu Sullivan.

    Já o encarregado de Negócios dos EUA no Brasil, Douglas Koneff, afirmou que “a violência não tem lugar nenhum numa democracia”. 

    “Condenamos fortemente os ataques às instituições dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em Brasília, que é um ataque também à democracia. Não existe justificativa para esses atos!”, escreveu. 

    Após as cenas deste domingo, outros líderes também se manifestaram, entre eles o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que afirmou que há uma tentativa de golpe de Estado fascista no Brasil e sugeriu a convocação de uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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    A Invasão

    Parte do grupo contrário à vitória de Lula, que tomou posse há uma semana, saiu do acampamento montado há quase dois meses diante do quartel-general do Exército, na capital federal, rumo à Esplanada dos Ministérios e furou bloqueios policiais.

    Pouco antes das 16h, policiais tentaram dispersar o grupo com o auxílio da cavalaria.

    As ações estão sendo transmitidas ao vivo nas redes sociais e no YouTube. Os vídeos mostram a depredação de uma viatura da Polícia Legislativa. Os manifestantes não se intimidaram com bombas de efeito moral, lançadas por volta das 14h40. Agentes da Força Nacional, convocada neste sábado em resposta à mobilização para os atos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tentaram conter o ataque.

    Após tomar a rampa e cúpula externa do Congresso, o grupo migrou em direção ao Palácio do Planalto e para o STF, na Praça dos Três Poderes. Os manifestantes conseguiram entrar na área da sede do Executivo e tentam avançar na parte interna do prédio.

    Em imagens que mostram a ação do grupo antidemocrático no Palácio do Planalto, é possível ver que objetos foram depredados. Mangueiras de incêndio foram desenroladas, mesas de vidro e cadeiras foram quebradas, vidraças foram danificadas e gavetas foram reviradas.

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