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EUA vão retirar funcionários ‘não essenciais’ da embaixada de Caracas

Departamento de Estado faz alerta para cidadãos americanos deixarem a Venezuela enquanto há voos disponíveis

Por Da redação
Atualizado em 25 jan 2019, 10h35 - Publicado em 25 jan 2019, 10h01
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  • O governo dos Estados Unidos ordenou na quinta-feira 24 a retirada de seus funcionários “não essenciais” na Venezuela depois de o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter reiterado o prazo até domingo para deixarem o país. Em um alerta de segurança, o Departamento de Estado também recomendou aos americanos que residam ou estejam de viagem na Venezuela  para “considerarem seriamente” a opção de deixar o país “enquanto os voos comerciais continuem disponíveis”.

    “Tomamos esta decisão com base em nossa avaliação atual da situação de segurança na Venezuela”, disse um porta-voz do Departamento de Estado, reafirmando que Washington não tem intenção de “fechar” sua embaixada em Caracas.

    As relações diplomáticas entre Caracas e Washington foram rompidas na quarta-feira, depois de a Casa Branca ter reconhecido o líder oposicionista Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. A ruptura foi oficialmente declarada por Maduro, que dera prazo de até 72 horas para a retirada de diplomatas das representações americanas em seu país.

    O Departamento de Estado não chegou a detalhar o que considera como funcionário essencial. Mas espera-se que todos os diplomatas e outros funcionários americanos sejam removidos da Venezuela e que apenas um servidor eventualmente seja mantido para tratar de questões relacionadas a cidadãos americanos.

    A embaixada dos Estados Unidos em Caracas permanecerá aberta nas próximas horas, mas com “sua capacidade limitada a fornecer serviços de emergência aos cidadãos americanos na Venezuela”. O Departamento de Estado também recomendou aos americanos que optem por ficar na Venezuela que tenham “as provisões adequadas para permanecer nas suas casas”. Na Venezuela, porém, o acesso a alimentos e remédios tem sido limitado.

    O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, chegara a desacatar a ordem de Maduro de retirada dos funcionários de representações de países que não o reconhecem mais como chefe de Estado. Mas é Maduro quem ainda detém o comando dos militares e da Guarda Nacional Bolivariana, as forças que poderão agir de forma truculenta se a ordem não for cumprida.

    Na quinta-feira, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou ser Maduro o responsável pela segurança dos diplomatas na Venezuela. A declaração, porém, contradiz a decisão dos Estados Unidos de não mais reconhecê-lo como legítimo chefe de Estado e de governo da Venezuela.

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