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EUA: Depoimento de Comey seguirá a portas fechadas

Ex-diretor do FBI acusou Trump de mentir e admitiu que vazou informações para a imprensa

Por Da redação
Atualizado em 8 jun 2017, 16h04 - Publicado em 8 jun 2017, 14h51
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  • James Comey
    O ex-diretor do FBI, James Comey chega para testemunhar diante de uma comissão do Senado dos Estados Unidos em Washington - 08/06/2017 (Brendan Smialowski/AFP)

    A Comissão de Inteligência do Senado nos Estados Unidos concluiu, depois de quase três horas, a audiência pública do ex-diretor do FBI James Comey. Em seu discurso de encerramento, o senador Richard Burr, que presidiu a audiência, agradeceu a Comey por comparecer perante o comitê e responder a perguntas. Burr afirmou que o testemunho de Comey ofereceu esclarecimentos factuais, mas ressaltou que a investigação sobre a possível interferência da Rússia nas eleições de  2016 “não está perto do final”. A  audiência de Comey seguirá durante a tarde desta quinta-feira a portas fechadas, para que detalhes que incluem informações confidenciais sejam esclarecidos.

    Durante o depoimento, Comey afirmou que considera que foi demitido pelo presidente Donald Trump pela forma que estava comandando as investigações e pela pressão do caso sobre o republicano. Comey acusou Trump e o governo de “mentir” ao divulgar os motivos da demissão. Inicialmente, a Casa Branca alegou que o ex-diretor do FBI tinha perdido a confiança de seus subordinados.

    O ex-diretor do FBI disse também que Trump podia “estar frustrado” porque a investigação envolvendo a Rússia tomava muito tempo e energia da esfera pública. “Não sei por que fui demitido. Pego as palavras do presidente para dizer que fui demitido pela forma que comandava a investigação sobre a Rússia e a pressão que isso exercia sobre ele”, afirmou Comey durante audiência.

    Segundo o depoimento do ex-diretor do FBI, Trump pediu que ele dispersasse a “nuvem” gerada pela investigação sobre a ingerência da Rússia nas eleições e a possível coordenação de membros da campanha do então candidato republicano com representantes do Kremlin.

    Vazamento de informações

    Comey assumiu em seu depoimento que vazou para a imprensa o conteúdo de suas anotações sobre os encontros realizados com Trump, após o republicano insinuar no Twitter a existência de gravações dos diálogos, em 12 de maio.

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    “É melhor para James Comey que não haja fitas das nossas conversas antes de começar a fazer vazamentos à imprensa”, escreveu o presidente na mensagem, sugerindo que os diálogos entre os dois na Casa Branca tinham sido gravados.

    ex-diretor do FBI afirmou que, ao ver o tuíte, percebeu que sua versão sobre os cinco diálogos – dois deles por telefone – poderia ser corroborada e decidiu enviar as anotações que tinha feito a um amigo, um professor de Direito da Universidade de Columbia, que então repassou as informações a jornalistas. No depoimento, Comey brincou: “Meu Deus, espero que essas fitas existam”.

    Comey explicou que fez o vazamento ao The Washington Post como um cidadão comum e que decidiu não falar diretamente com a imprensa porque pensou que seria como “alimentar gaivotas na praia”.

    Em uma das anotações vazadas por Comey, Trump diz ao ex-diretor do FBI que “espera” que ele abandonasse a investigação sobre o ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn, que renunciou ao cargo pelos contatos com a Rússia, fato que pode ser interpretado como uma tentativa de obstrução à Justiça.

    “Trump não é um mentiroso”

    A porta-voz adjunta da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, rebateu a acusação de que Trump teria mentido, feita por Comey durante a audiência, e afirmou que o presidente do país, Donald Trump, “não é um mentiroso”. Sanders  informou que não fará mais comentários sobre as declarações de Comey. O advogado pessoal de Trump, Marc Kasowitz, será  responsável por responder oficialmente ao ex-diretor do FBI.

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    Em declaração após o depoimento do ex-diretor do FBI, o advogado do presidente negou que Trump tenha tentado pressionar Comey para que abandonasse a investigação sobre o ex-conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn. “O presidente nunca, em forma ou substância, ordenou ou sugeriu que o Sr. Comey deixasse de investigar qualquer pessoa”, disse Kasowitz.

    O advogado também negou que Trump tenha especificamente pedido lealdade à Comey, como o ex-diretor do FBI declarou em seu depoimento. “É claro que o escritório do presidente tem o direito de esperar a lealdade daqueles que estão servindo em uma administração”, disse.

    Kasowitz  afirmou que há pessoas no governo que “estão ativamente tentando minar esta administração com vazamentos seletivos e ilegais de informações confidenciais e comunicações privilegiadas” e acusou Comey de ser uma dessas pessoas.  “Hoje, o Sr. Comey admitiu que ele unilateralmente e sorrateiramente fez divulgações não autorizadas de comunicações privilegiadas com o presidente para a imprensa”, disse.

    (com EFE)

     

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