EUA emitem alerta contra viagens ‘não essenciais’ a Wuhan
CDC adota medida preventiva à contaminação do coronavírus causador de pneumonia, que surgiu na China
A agência sanitária do governo dos Estados Unidos recomendou nesta quinta-feira, 23, que os americanos evitem qualquer viagem “não essencial” à cidade de Wuhan, na China, considerada o epicentro do surto de nova mutação do coronavírus. Causador de pneumonia, o agente foi transmitido a pelo menos 584 pessoas na China e em sete países e provocou a morte de 18.
“O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda que viajantes evitam qualquer viagem não-essencial a Wuhan, China”, afirmou o governo americano. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que ainda não recomendou nenhuma medida de restrição de viagem, afirmou nesta terça-feira que, em todos os casos, a contaminação se deu na China.
O governo americano já havia anunciado nesta semana o início de triagens de passageiros vindos de Wuhan nos aeroportos internacionais de Atlanta, o mais movimentado do mundo em 2018, e de Chicago, o que mais recebeu tráfego aéreo em 2018 com mais de 904.000 aterrissagens e decolagens. Os aeroportos internacionais de Los Angeles, de São Francisco e o John F. Kennedy, em Nova York, já realizavam triagens desde 17 de janeiro.
Na terça-feira 21, foi reportado o primeiro caso do novo coronavírus nos Estados Unidos. O paciente, um homem da costa oeste dos Estados Unidos, retornou no dia 15 de janeiro de uma viagem da cidade chinesa de Wuhan. Segundo a emissora americana CNN, ele está em isolamento no Centro Médico Regional de Providence, no estado de Washington, onde ele é residente.
Dentre os 584 casos confirmados, 575 foram registrados em território chinês. Como órgão das Nações Unidas, a OMS não reconhece Taiwan, onde houve um caso, como país independente da China. Além dos Estados Unidos, há enfermos no Japão, na Coreia do Sul, em Singapura, na Tailândia e no Vietnã.