O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, garantiu que não se definirá uma data-limite para as negociações sobre a desnuclearização da Coreia do Norte, o que contradiz declarações prévias do governo americano, segundo informou na segunda-feira 25 a emissora CNN.
Em entrevista por telefone à emissora americana, realizada no domingo e divulgada na segunda-feira, Pompeo disse que quer continuar com as conversas com Pyongyang para conseguir sua desnuclearização.
“Não vou pôr um limite nisso, sejam dois meses, seis meses, estamos comprometidos em avançar de maneira expedita para ver se podemos conseguir o que estabeleceram os dois líderes”, declarou Pompeo, em referência à reunião de 12 de junho em Singapura entre Donald Trump e Kim Jong-un. Mas assegurou que vai avaliar constantemente se Pyongyang está avançando no processo. A desnuclearização é fundamental para que os Estados Unidos aliviem as sanções contra a Coreia do Norte.
As declarações de Pompeo contrastam com os comentários de um alto oficial do Departamento de Defesa americano, que recentemente afirmou à imprensa que Washington em breve apresentaria um plano com “pedidos específicos” e datas-limites para o processo de desnuclearização.
O próprio Pompeo destacou, após a cúpula, que Washington espera que o processo de desnuclearização se prolongue durante os próximos dois anos e meio e que assim possa ser concluído no fim de 2020.
Após a histórica cúpula em Singapura, Kim e Trump assinaram um acordo no qual os dois países se comprometem a cooperar para desenvolver novas relações e para “a promoção da paz, da prosperidade e da segurança”. Recentemente os dois países têm avançado no cumprimento das promessas. Os Estados Unidos anunciaram a suspensão de seus exercícios militares na Península Coreana e a Coreia do Norte devolveu os corpos de 200 americanos mortos durante a Guerra da Coreia.
A Cúpula de Singapura foi a primeira entre líderes de ambos países após quase setenta anos de confronto e 25 de negociações fracassadas e tensões por causa do programa atômico norte-coreano.
(Com EFE)