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EUA: Obviamente Trump está pensando em concorrer à presidência, diz genro

Em entrevista à Sky News nesta sexta, Jared Kushner disse que o ex-presidente 'odeia ver o que está acontecendo com os Estados Unidos'

Por Matheus Deccache
2 set 2022, 11h54
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  • O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “obviamente está pensando” em concorrer à presidência em 2024, de acordo com o seu genro, Jared Kushner, em entrevista à rede Sky News nesta sexta-feira, 2. 

    “Ele odeia ver o que está acontecendo no país”, disse Kushner.

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    Embora Trump ainda não tenha anunciado de maneira oficial, ele e seus aliados vêm deixando claro suas intenções em concorrer ao cargo. Na última quinta-feira, 1, ele chegou a dizer que perdoaria os manifestantes envolvidos na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. 

    Apesar do desejo, as várias investigações enfrentadas pelo ex-presidente podem frustrar seus planos, como a retenção não autorizada de documentos confidenciais do governo e sua decisão em não fazer nada para impedir os atos no Capitólio. 

    Em discurso em horário nobre na quinta-feira 1, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, repreendeu de maneira efusiva os membros do Partido Republicano que ainda são fiéis a Trump, alegando que eles “prosperam no caos” e alertando que suas tentativas de minar a democracia podem se transformar em violência.

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    + Preocupado com Trump, Biden fará discurso sobre ataques à democracia

    “Eles não vivem à luz da verdade, mas à sombra da mentira”, disse Biden.

    Biden fez o apelo aos americanos meses antes das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, que irão determinar o controle do Congresso. A adoção de um tom mais sério faz parte da estratégia da Casa Branca de atacar mais diretamente a extrema-direita americana e aqueles que insistem em apoiar a narrativa vitimista de fraude eleitoral de Trump. 

    + Em posição de combate: as duas táticas de Trump após ação do FBI

    “Os extremistas estão determinados a levar este país para trás. De volta para uma América onde não há direito de escolha, direito à privacidade. Eles promovem líderes autoritários e atiçaram as chamas da violência política”, disse. 

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    Especialistas apontam que a mudança de postura teve início em janeiro deste ano, quando Biden atacou diretamente a Trump no discurso que marcava um ano dos atos no Capitólio. Na época, não ficou claro se o presidente adotaria essa mudança de maneira definitiva contra o líder do Partido Republicano e, até recentemente, as críticas não aconteciam com frequência até as últimas semanas. 

    No entanto, Biden escalou as críticas na semana passada, quando chamou os seguidores do ex-presidente de “semi-fascistas” durante um evento. 

    + Terceira via nos EUA? Eleitores não querem nem Trump, nem Biden em 2024

    A ameaça à democracia tem sido um fator de preocupação para a população americana. Uma pesquisa feita pela rede NBC em agosto apontou que “ameaças à democracia” subiram para o primeiro lugar no ranking de preocupação do país, superando o “custo de vida”.

    Outra pesquisa feita pela Universidade Quinnipiac mostrou que 67% dos entrevistados acham que a democracia americana está em perigo ou colapso, um aumento de 9 pontos em relação a janeiro. 

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