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EUA planejam retirada ‘completa e rápida’ de tropas da Síria

Donald Trump argumenta que Estado Islâmico está derrotado; país mantém 2 000 militares em território sírio

Por Da Redação
Atualizado em 19 dez 2018, 16h21 - Publicado em 19 dez 2018, 14h36

Autoridades do Pentágono informaram que os Estados Unidos planejam a “retirada completa” e “rápida” de suas tropas da Síria. A decisão foi noticiada em primeira mão nesta quarta-feira, 19, pelo jornal The Wall Street Journal. Essa reviravolta na política externa americana está ancorada em desejo antigo do presidente americano, Donald Trump, de reduzir os contingentes militares no exterior.

Trump publicou na manhã desta quarta em sua conta do Twitter que a “única razão” para permanecer na Síria era derrotar o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), um objetivo que seu governo considera cumprido depois que os jihadistas perderam quase todo o território que ocuparam em 2014.

Apesar de os Estados Unidos manterem forças no Iraque com capacidade de lançar mísseis contra a Síria, a retirada de suas tropas terrestres satisfaria uma grande meta da coalizão formada por Damasco, Bagdá e Moscou. Mas diminui a influência americana na região.

Os Estados Unidos têm cerca de 2 000 militares em território sírio. A principal função deles é treinar as forças locais para combater o Estado Islâmico. As Forças Democráticas Sírias, apoiadas por Trump e lideradas por curdos, obteve sucessos recentes na guerra ao grupo terrorista e estão na iminência de tomar Hajin, a última cidade dominada pelos terroristas, à leste do Rio Eufrates.

Estima-se que 2 000 combatentes do Estado Islâmico ainda estejam nesse último reduto. Um inspetor do Departamento de Defesa americano, porém, calcula que 30 000 membros do grupo estão espalhados pela Síria e Iraque.

No início do mês, a coalizão liderada pelos Estados Unidos havia negado qualquer mudança em relação a sua presença na Síria. “Qualquer declaração indicando alterações na posição americana é falsa e feita para semear confusão e caos”, mencionou nota do grupo.

Recentemente, o Secretário de Defesa James Mattis havia redirecionado as forças americanas para postos de observação ao longo da fronteira entre Síria e Turquia, como parte de um esforço para reduzir as tensões entre os turcos e os curdos, aliados americanos.

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